A poucos dias do segundo turno das eleições municipais de Aracaju, novas polêmicas surgem envolvendo a oposição. A vereadora Sheyla Galba (UNIÃO), que declara abertamente apoio à candidata Emília Corrêa (PL), tem espalhado informações distorcidas sobre o funcionamento da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira (MMLN). A estratégia, amplamente refutada pelas fontes oficiais do município, é acusada de tentar gerar pânico na população com base em dados mal interpretados e cálculos equivocados sobre o custo dos serviços prestados pela maternidade.
A vereadora, cujo mandato termina este ano após não conseguir se reeleger, tem afirmado que a MMLN realiza menos partos que o previsto no contrato de gestão firmado entre a prefeitura de Aracaju e o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). Segundo Sheyla, o valor pago pela gestão municipal estaria sendo desperdiçado, com cada parto custando cerca de R$ 25 mil aos cofres públicos. A candidata Emília Corrêa tem endossado as acusações como parte de sua campanha para tentar minar a atual administração.
No entanto, ao analisar os números revelados pela prefeitura após as acusações, os argumentos apresentados pela vereadora perdem força. O contrato de R$ 6,8 milhões mensais com o INTS cobre uma ampla gama de serviços além dos partos, incluindo consultas, diagnósticos laboratoriais, exames de imagem e atendimentos de urgência. De acordo com a atual gestão, a MMLN já realizou mais de 190 mil atendimentos, incluindo 27 mil atendimentos de urgência e mais de 121 mil consultas com profissionais de saúde. Quando todos esses serviços são considerados, o cálculo apresentado por Sheyla Galba se mostra completamente desproporcional.
A Secretaria Municipal de Saúde também reforça que o número de 500 partos previsto no contrato foi estipulado considerando o crescimento natural da população, especialmente com a construção de novos conjuntos habitacionais, como o Residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres. A maternidade foi projetada para se ajustar a esse aumento gradativo, o que torna as críticas sobre a quantidade de partos fora de contexto.
Além dos números, há uma função social que não pode ser ignorada. A Maternidade Lourdes Nogueira tem desempenhado um papel essencial na promoção da saúde materno-infantil, com iniciativas como a priorização de partos normais, que aceleram a recuperação das mães, e o planejamento familiar acessível, incluindo a inserção de DIUs, o que garante um planejamento reprodutivo eficiente e seguro para as mulheres.
A MMLN funciona ainda como unidade de “porta-aberta”, ou seja, qualquer gestante que necessite de atendimento de urgência será atendida prontamente. O número de 27 mil atendimentos de urgência, já mencionado, é uma prova clara da demanda e da eficácia do serviço prestado.
Esses atendimentos, apesar de amplamente divulgados, têm sido ignorados pela campanha de Emília Corrêa, que parece disposta a alimentar um ciclo de desinformação para conquistar votos nesta última semana de campanha. O uso de fake news, como essas acusações distorcidas contra a MMLN, tem sido uma constante na disputa eleitoral em Aracaju.
A gestão municipal, por sua vez, defende que a Maternidade Lourdes Nogueira é um exemplo de investimento eficiente em saúde pública e que seus resultados são inquestionáveis. Um dos pilares dessa defesa é que desde sua inauguração, a unidade atendeu não só a população de Aracaju, mas também de 83 outros municípios, consolidando-se como um centro de referência na saúde materno-infantil em Sergipe.
Com a eleição chegando ao segundo turno, o embate de narrativas deve continuar, mas os fatos permanecem: a Maternidade Lourdes Nogueira tem sido um marco no cuidado da saúde da mulher e da criança, oferecendo um serviço muito mais amplo do que apenas partos, e qualquer tentativa de desvalorizar essa conquista para fins eleitorais deve ser vista com cautela.
As autoridades municipais reforçam ainda que todos os órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas, têm pleno acesso às informações sobre os custos e a execução dos serviços na Maternidade Lourdes Nogueira. Seria necessária muita ousadia para fazer tais afirmações às vésperas de uma eleição, caso a transparência não fosse, de fato, uma prioridade. Além disso, se as contas fossem mantidas em uma “caixa-preta”, como a campanha do PL sugere, como a oposição teria acesso aos números, ainda que para distorcê-los?
Mesmo que alguns ainda acreditem que a defesa da prefeitura seja insuficiente, é fácil derrubar a alegação de que a maternidade só realiza partos. Qualquer pessoa que tenha acessado a unidade sabe que o controle de entrada é rigoroso, com registro de imagem facial e controle de tempo de permanência, tudo documentado digitalmente, incluindo o histórico de todos os serviços prestados.
Já se foi o tempo em que registros eram feitos manualmente. Hoje, com dados vinculados ao CPF dos usuários dos serviços públicos, a ideia de “caixa-preta” parece antiquada, algo de uma época em que o que era dito verbalmente tinha quase o mesmo peso que registros em arquivos empoeirados. Em tempos em que a tecnologia é parte integral da vida de cada cidadão e da internet que “nunca esquece”, o discurso de que “verdades serão reveladas após uma troca de poder” soa cada vez mais demagogia.
O Portal Imprensa 24h: Sua Fonte Essencial para Notícias de Aracaju e Sergipe
Descubra as últimas notícias de Sergipe e Aracaju hoje, com atualizações em tempo real sobre notícias policiais e eventos locais. Esteja sempre um passo à frente com notícias de Sergipe atualizadas regularmente, incluindo detalhes sobre eventos recentes e desenvolvimentos em Aracaju. Explore notícias sobre informações policiais em Aracaju hoje.