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Alerta: Diarreia em crianças pode levar à desidratação grave, adverte Hospital da Criança em Aracaju

Alerta: Diarreia em crianças pode levar à desidratação grave, adverte Hospital da Criança em Aracaju

A diarreia em crianças, especialmente bebês, é uma preocupação crescente em Aracaju, podendo resultar em desidratação severa se não tratada adequadamente. O Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (SES), emitiu um alerta sobre os riscos dessa condição, que ocorre quando o corpo perde mais água do que ingere, levando a uma perigosa redução de líquidos e sais minerais no organismo.

A médica Julianna Araújo, do Hospital da Criança, destaca a frequência de casos de diarreia aguda e crônica na unidade. “Na diarreia aguda, que dura até 14 dias, as crianças apresentam evacuações mais pastosas, às vezes com sangue e muco. Chamamos esses quadros de gastroenterite, que podem ser virais ou bacterianas”, explica a especialista.

A diarreia crônica, por outro lado, pode ter origens diversas, incluindo intolerâncias alimentares, uso prolongado de certos medicamentos, infecções bacterianas ou virais, e até doenças inflamatórias intestinais. Araújo alerta: “A maioria dos casos é viral. A alimentação moderna, rica em produtos industrializados, contribui para o problema. O consumo precoce e excessivo de doces e refrigerantes, além de temperos muito condimentados, pode afetar o intestino infantil”.

Durante episódios de diarreia, é crucial evitar alimentos gordurosos, enlatados, molhos, carnes gordas, doces, refrigerantes, biscoitos e frituras. A hidratação é fundamental, especialmente para crianças menores de seis meses, que desidratam mais rapidamente. Água, sucos naturais, água de coco e soros de reidratação oral são essenciais.

A médica orienta sobre quando buscar ajuda médica: “Se ocorrerem mais de dez episódios de diarreia por dia e a criança apresentar sinais de desidratação, como ausência de lágrimas ao chorar, é hora de procurar assistência médica”.

O tratamento geralmente inclui repositores de flora intestinal com zinco e soro de reidratação para repor eletrólitos. Sinais de alerta incluem mais de dez episódios diários de diarreia, presença de sangue ou muco nas fezes e febre persistente.

Com a chegada do verão, o risco de diarreia aumenta devido à deterioração mais rápida dos alimentos e à possível exposição à água contaminada durante chuvas e enchentes. A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da vigilância dos pais e cuidadores, especialmente nesta estação.

 

 

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