Em 2022, foram registrados pela Secretaria de Estado da Saúde, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), 2.487 casos de pessoas picadas por escorpião.
Segundo a técnica, algumas medidas preventivas são necessárias, como realizar a limpeza constante da residência e de jardins a fim de eliminar a circulação dos alimentos do escorpião que, no caso são os insetos, como também evitar que o animal se esconda em entulhos. Além disso, a dedetização deve ser feita para banir os insetos do ambiente, já que os escorpiões possuem resistência a produtos químicos.
Conforme Ana Paula, a precisão do diagnóstico é essencial para um tratamento rápido e eficiente. “A pessoa picada por escorpião pode não apresentar sintoma, mas isso varia de acordo com a faixa etária. Os casos mais graves geralmente são registrados em crianças e idosos. Mas, caso não apresente os sintomas em até seis horas da picada, é importante procurar uma unidade de saúde mais próxima para o atendimento”, alerta.
Quanto ao tratamento, ele é realizado por meio da soroterapia que produz anticorpos contra o veneno do animal peçonhento. “O serviço é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também está disponível nos hospitais de referência. Para qualquer outra orientação, a pessoa pode se dirigir ao Centro de Informação e Investigação Toxicológica (Ciatox) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse)”, explica.
Algumas medidas preventivas têm sido adotadas para conscientizar a população acerca da proliferação dos escorpiões. “Nossas ações são voltadas para educação em saúde, divulgando informações por meio de reuniões com o grupo técnico que cuida do combate aos animais peçonhentos. Ressaltamos aos municípios a importância da higienização do ambiente”, acentuou.
Sintomas
É preciso estar atento aos sintomas após a picada do escorpião. É comum sentir dor no local da picada, dor abdominal, salivação excessiva, vômito, aumento da pressão arterial, entre outros. O soro antiescorpiônico é enviado através do Ministério da Saúde para a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que se responsabiliza pela distribuição aos hospitais estaduais.
O Ciatox funciona há 18 anos no Huse e conta com uma equipe multidisciplinar de médicos, farmacêuticos, médicos veterinários, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O serviço faz parte da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).