Em Aracaju, Maternidade Santa Isabel realiza coleta inédita de células-tronco da placenta para ajudar no tratamento de leucemia do irmão mais velho do recém-nascido.
Pela primeira vez em sua história, a Maternidade Santa Isabel, localizada em Aracaju, realizou uma coleta de células-tronco da placenta logo após o nascimento de um bebê, nesta quinta-feira, 17. O procedimento foi um pedido da mãe da criança, Karla Cristina, que enfrenta uma batalha contra a leucemia do filho mais velho, diagnosticado com a doença desde 2020.
A coleta de células-tronco ocorreu com autorização e apoio da equipe médica da unidade, com o objetivo de contribuir para um possível transplante de medula, caso haja compatibilidade entre os irmãos. A decisão representa um avanço na utilização de recursos biológicos para tratamentos complexos, como os oncológicos, dentro da rede pública de saúde sergipana.
Segundo informações oficiais da Maternidade Santa Isabel, a mãe iniciou em 2020 a jornada de tratamento contra a leucemia do filho mais velho, que entrou em remissão após um longo período de quimioterapia. No entanto, em dezembro do ano passado, a doença reapareceu, exigindo o reinício do tratamento.
Diante da recaída, a família buscou alternativas e cadastrou a criança no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), órgão vinculado ao Ministério da Saúde que conecta pacientes a doadores compatíveis em todo o Brasil. Saiba mais sobre o Redome acessando o site oficial do INCA.
Foi nesse período que Karla Cristina descobriu a nova gestação e, com ela, reacendeu a esperança de um possível doador compatível dentro da própria família. Com o apoio da equipe médica da Santa Isabel, foi planejada a coleta das células-tronco da placenta e do cordão umbilical logo após o parto, seguindo todos os protocolos técnicos e sanitários.
De acordo com especialistas, o uso de células-tronco da placenta e do cordão umbilical é uma alternativa terapêutica promissora em casos de doenças hematológicas, como a leucemia. O material coletado será analisado e armazenado, podendo ser fundamental para o tratamento do irmão mais velho do recém-nascido.
A iniciativa reforça a importância da medicina humanizada e da inovação nos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Maternidade Santa Isabel, referência em Aracaju, destacou que está aberta a procedimentos similares, desde que solicitados e acompanhados pelas equipes responsáveis.
O Imprensa 24h continuará acompanhando de perto o caso, trazendo atualizações sobre os avanços no tratamento e sobre os impactos dessa primeira coleta em solo sergipano. Este gesto de esperança da família de Karla é também um símbolo de como a ciência, aliada à sensibilidade da rede pública, pode transformar vidas.
Para mais informações sobre doação de medula óssea e como se tornar um doador, acesse também o site do Ministério da Saúde.
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