Vitrine criada por profissionais do design, a partir de peças feitas por artesãs de comunidades tradicionais, segue em exibição até o dia 30 de outubro no Shopping Jardins
Na semana em que o povo sergipano celebra a sua identidade, as tecelãs de Malhadinha, as tranceiras de Alagamar, as rendeiras de Divina Pastora e as catadoras de mangaba protagonizam ações que destacam as belezas de seus saberes e fazeres. E o Shopping Jardins recebe uma preciosa mostra criada pelas profissionais da arquitetura e design, Celi Miranda, Laura Estrela e Rejane Schultz, a partir de peças feitas por essas habilidosas artesãs.
A exposição integra o projeto ‘FAZERes e VIVERes SERgipanidade’, realizado pela plataforma colaborativa ÇIRIJI – Olhar para Sergipe e Criar Pontes, e acontece na vitrine Cajucidade, próximo à loja Kalunga. Até o dia 30 de outubro, o público de todas as idades tem a oportunidade de apreciá-la durante todo o horário de funcionamento do shopping – de segunda a sábado, das 9h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 21h.
“Em um Sergipe tão diverso, os modos de criar são plurais, fazendo da identidade e dos fazeres do povo sergipano algo único e valioso para o nosso país. ‘FAZERes e VIVERes SERgipanidade’ enaltece essa pluralidade e a coletividade e faz o elo entre o fazer artesanal, o público e os empresários, proporcionando à população experiências únicas”, destaca a idealizadora do projeto, Jaci Rosa Cruz.
A partir dessas conexões, as peças feitas por mulheres artesãs de comunidades tradicionais inspiraram três profissionais do design a criarem uma vitrine que ressalta a criatividade e a contemporaneidade do artesanato sergipano.
Décor, moda e gastronomia
Com a colaboração do Shopping Jardins, Rede Solidária de Mulheres, Instituto Banese, Casa Habyto e Qreative, o ‘FAZERes e VIVERes SERgipanidade’ é um dos primeiros projetos gerados pela ÇIRIJI – Olhar para Sergipe e Criar Pontes, uma plataforma colaborativa que tem como missão documentar, divulgar, amplificar e fomentar a arte, os artistas, os artesãos e os empreendedores criativos, com ênfase nas tradições, saberes e matérias-primas de Sergipe. Além de evidenciar as belezas do morar, a iniciativa também brinda o público com experiências de moda e gastronomia que acontecem em outros pontos de Aracaju, como restaurantes e loja de roupas e acessórios.
Conheça de onde vêm os saberes e fazeres evidenciados na Semana da Sergipanidade:
Tranceiras de Alagamar
Localizada no povoado Alagamar, no município de Pirambu, a Associação do Território da Comunidade Remanescente do Quilombo Alagamar mantém viva uma tradição secular. Das mãos que trançam a palha da Ouricurizeira surgem chapéus, bolsas, cestos, luminárias, tapetes, acessórios que ganham o mundo.
Rendeiras de Divina Pastora
Através da Associação para o Desenvolvimento de Renda de Divina Pastora (ASDEREN) e da Associação das Rendeiras Independentes de Divina Pastora (ASDRIN), as artesãs do Leste sergipano produzem uma renda singular, utilizando uma técnica única e secular que remonta à Europa do século XVII. Reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan, a renda em lacê do tipo cordão sedoso confere extrema beleza a itens de decoração, moda e acessórios.
Tecelãs de Malhadinha
Em Poço Verde, no semiárido sergipano, a tecelagem destaca-se como um ofício baseado na produção familiar. Das mãos e pés habilidosos dos artesãos e dos fios de algodão colorido surgem redes de dormir e outros itens de decoração, como mantas, peseiras, almofadas e jogos americanos. O acabamento é todo manual e esse fazer tem influências indígena e europeia.
Catadoras de Mangaba
As catadoras de Estância, Indiaroba e Barra dos Coqueiros são, simplesmente, as guardiãs da árvore símbolo de Sergipe. Marisqueiras, pescadoras, culinaristas, artesãs, agricultoras familiares, compositoras e poetisas, elas são plurais e mantenedoras identitárias de saberes e fazeres relacionados à defesa das matas de restinga, manguezais, rios, lagoas, várzeas e do mar sergipano. Com a mangaba, elas criam deliciosas receitas, como compotas, geleias, doces variados, e o tradicional suco.
‘FAZERes e VIVERes SERgipanidade’
O quê? Vitrine criada pelas profissionais da arquitetura e design, Celi Miranda, Laura Estrela e Rejane Schultz, a partir de peças feitas por habilidosas artesãs sergipanas.
Quando? Até 30 de outubro. De segunda a sábado, das 9h às 22h, domingos e feriados, das 12h às 21h.
Onde? Vitrine Cajucidade, próximo à loja Kalunga do Shopping Jardins – Av. Ministro Geraldo Barreto Sobral, 215 – Jardins, Aracaju | SE.
Acesso? Gratuito.