o Brasil perdeu dois pontos e desceu 10 posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) 2023, conforme divulgado pela Transparência Internacional nesta terça-feira, 30. Com uma pontuação de 36, o país agora ocupa a 104ª posição entre os 180 países avaliados, revelando um desempenho abaixo da média global, que é de 43 pontos.
Este é o segundo pior resultado desde 2012, quando o Brasil acumulou 43 pontos, equiparando-se à média global e das Américas. O relatório destaca que em 2018 e 2019, o país registrou seu pior desempenho, alcançando 35 pontos. O Índice de Percepção da Corrupção avalia como empresários e entidades percebem o cenário de combate à corrupção no país, sendo que uma nota maior indica uma maior percepção de integridade.
A Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia lideram globalmente o ranking de integridade, com 90, 87 e 85 pontos, respectivamente. Em contrapartida, Venezuela, Síria e Sudão do Sul, todos com 13 pontos, e a Somália, com 11 pontos, figuram como os países com os menores índices de pontuação.
O relatório aponta para fatores cruciais que contribuíram para a queda na percepção de integridade no Brasil, incluindo a ameaça à independência do Poder Judiciário, o uso excessivo de emendas, o loteamento de cargos em empresas estatais e os sistemas de justiça fragilizados. O texto enfatiza que “a corrupção no sistema de Justiça mina a confiança pública na administração e aplicação da Justiça, desestimulando a denúncia de crimes e prejudicando a igualdade e a inclusão”. Este cenário reflete o desafio contínuo do país em fortalecer suas instituições e reforçar sua integridade no cenário global.
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