Hugo Motta nega acordo com bolsonaristas após protestos que travaram a Câmara. Oposição exigia anistia de 8 de Janeiro e fim do foro privilegiado. Leia no Imprensa 24h.
A Câmara dos Deputados viveu momentos de tensão e paralisação esta semana após parlamentares da oposição, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocuparem o plenário em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-mandatário. A crise levou à suspensão de sessões legislativas por quase dois dias, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi impedido de assumir sua cadeira no plenário. No entanto, Motta negou veementemente qualquer acordo com os opositores para retomar os trabalhos.
Em entrevista nesta quinta-feira (7), Hugo Motta afirmou que a presidência da Casa “é inegociável”, e garantiu que não fez concessões políticas em troca da desocupação do plenário. “As matérias que estão saindo sobre negociação para que os trabalhos fossem retomados não estão vinculadas a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo”, disse.
O estopim da crise foi a ocupação do plenário por deputados bolsonaristas, que exigiam a inclusão de pautas como a anistia aos condenados do 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado. O movimento impediu a realização de sessões tanto na Câmara quanto no Senado. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também precisou cancelar reuniões. Segundo o Imprensa 24h, a paralisia foi apenas revertida após reuniões intensas e apoio da base governista.
As cenas transmitidas ao vivo mostraram Hugo Motta tentando assumir a presidência do plenário, sendo inicialmente impedido pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). Só após escolta de aliados, ele conseguiu se sentar na cadeira e, em discurso, pediu calma e responsabilidade. Motta ainda declarou que atitudes individuais ou eleitorais não podem se sobrepor ao funcionamento da democracia.
Em nota enviada pela Câmara dos Deputados, a Secretaria-Geral da Mesa ressaltou que obstruções intencionais às atividades legislativas podem levar à suspensão imediata de mandatos. Motta confirmou que analisa medidas disciplinares contra os parlamentares envolvidos no bloqueio. “Mais uma vez o diálogo prevaleceu. Conversamos com todas as lideranças e conseguimos, dentro da Constituição, restabelecer a normalidade”, afirmou.
Apesar das tensões, Motta classificou a solução como a “menos traumática”, reiterando a importância da estabilidade institucional. A participação do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), também foi reconhecida. Motta se referiu a Lira como “amigo” e afirmou que sua atuação foi natural, diante da experiência e do histórico de liderança na Casa.
O episódio reforça o acirramento entre base governista e oposição, em um cenário político que continua polarizado, com disputas que vão além da pauta legislativa e tocam diretamente em temas sensíveis da democracia brasileira.
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