Na manhã desta terça-feira, 30, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu à Polícia Federal (PF) para prestar depoimento. A informação, antecipada pela Jovem Pan News, foi confirmada pelo político em suas redes sociais, onde ele compartilhou uma publicação no X (antigo Twitter) relatando que estava “indo depor”. Na mesma publicação, o vereador criticou a falta de operações contra pessoas que usavam bonecos e cabeças representando seu pai, o ex-presidente Bolsonaro, e esclareceu que o depoimento estava relacionado a esses acontecimentos.
“Atualizando: indo depor por causa disso aqui. Qualquer outra linha de desinformação diferente disso é mais uma fake news”, ressaltou Carlos Bolsonaro, destacando a relevância de esclarecer os motivos de sua convocação pela PF.
Mais cedo, o vereador compartilhou uma gravação de sua residência após a operação policial, revelando que a casa estava “aos poucos” sendo reorganizada, descrevendo a situação como “Muitas coisas reviradas e largadas abertas”.
A ação contra o filho número dois de Jair Bolsonaro faz parte de uma busca e apreensão autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A operação visa investigar ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, sendo uma continuação da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira, 25.
Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados na residência de Carlos Bolsonaro e também na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Segundo a PF, o objetivo das diligências é “investigar organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas”, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis.
A operação tem como um dos alvos o ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), evidenciando a amplitude das investigações sobre possível monitoramento ilegal durante o período em que ocupou o cargo na Agência Brasileira de Inteligência. O desdobramento da operação busca esclarecer e punir eventuais responsáveis por essas práticas, garantindo a transparência e o cumprimento da lei no âmbito da inteligência brasileira.
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