Nesta segunda-feira (31), a juíza encarregada do caso do lateral-direito brasileiro Daniel Alves tomou uma decisão importante ao processar o jogador por agressão sexual com acesso carnal. A magistrada concluiu que existem provas suficientes para levar o atleta a julgamento, após investigações relacionadas a um suposto estupro ocorrido na boate Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022.
Uma fiança no valor de 150 mil euros, equivalente a aproximadamente R$ 782,8 mil na cotação atual, foi imposta pela juíza. Esse montante diz respeito aos danos psicológicos e morais que o jogador causou à vítima, uma jovem de 23 anos, caso ele seja condenado pelo crime.
Os detalhes do processo vieram à tona após a agência espanhola EFE ter acesso aos autos. A juíza do tribunal de instrução número 15 de Barcelona deu por finalizada a investigação do caso e convocou Daniel Alves para comparecer em uma audiência no dia 2 de agosto para notificá-lo oficialmente da acusação. Esse é um passo prévio ao envio do caso para julgamento.
Desde que foi preso provisoriamente em 20 de janeiro deste ano e passou a ser investigado, Daniel Alves apresentou quatro versões diferentes dos acontecimentos. Na primeira, o lateral-direito afirmou não conhecer a vítima que o acusava de estupro e negou ter tido qualquer relação sexual com ela. Em seu depoimento seguinte, ele confirmou que estava no banheiro da boate Sutton quando a vítima entrou, mas alegou que permaneceu imóvel e não teve nenhum envolvimento com a mulher.
No terceiro depoimento, Daniel Alves já havia se divorciado de Joana Sanz e assumiu que teve uma relação sexual com a jovem, alegando que esta ocorreu com o consentimento dela. Ele admitiu ter mentido à Justiça nas duas ocasiões anteriores para preservar o casamento. A quarta versão apresentada revelou contradições nos depoimentos anteriores.
A justila convocou Daniel Alves para na quarta-feira (2) notificá-lo da acusação, um passo prévio ao envio do caso para julgamento.
Caso seja condenado pelo crime de estupro, o ex-jogador enfrentará uma pena de oito a dez anos de prisão, conforme informado pela mídia espanhola.
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