A cobertura vacinal contra a Covid está aquém da necessidade em Sergipe. A informação foi passada pela secretária de estado da saúde, Mércia Feitosa, durante prestação de contas da pasta referente ao segundo quadrimestre do ano na Assembleia Legislativa de Sergipe.
Apenas 31,28% da população vacinável recebeu a quarta dose. Esta falta de procura da dose de reforço tem levado as pessoas para os hospitais, ocupado Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e até provocado a morte.
Os dados desta quarta-feira, 30, mostram que, na rede pública, estão ocupados sete leitos e na rede privada são 19 internações. Ambos fazem referência aos leitos de UTIs adultas ocupadas por Covid em todo o estado.
Já relação às enfermarias, são 15 internações na rede pública e 37 na rede privada. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 574 casos e um óbito causados pelo coronavírus. Por este motivo, a secretaria solicitou a retomada dos cuidados preventivos.
“A gente quer conter de alguma forma e uma delas a gente está vivenciando que é o uso da máscara. Nós emitimos um alerta epidemiológico na semana passada recomendo o retorno o uso da máscara em locais fechados, com aglomeração, população de maior vulnerabilidade, como idosos, imunocomprometidos, com comorbidade e gestantes, mas de uma forma geral a população toda, bem como quem utiliza transporte coletivo precisa usar a máscara”, afirmou.
A falta de procura pela vacinação é o principal motivo apontado por Mércia Feitosa para a necessidade de retorno aos cuidados. Ela explicou que existe uma queda no efeito da vacina, desta forma, é necessário fazer o reforço.
“A gente não está conseguindo vacinar o necessário e este cenário é o que favorece o retorno do adoecimento. A gente sabe que tem uma queda da imunidade e precisa vacinar com o reforço, principalmente com o período que estamos passando, com Precaju, Copa do Mundo, Natal e Ano Novo”, acrescentou.
Questionamento dos deputados
Os deputados Zezinho Sobral (PDT), Goretti Reis (PSD) e Gracinha Garcez (PSD) apontaram a importância da vacina. Assim, os questionamentos foram sobre a expectativa de combate com a vacina chamada bivalente por também tem ação contra a variante ômicron.
A secretária disse que ainda não está disponibilizada por parte do Governo Federal. “O Ministério não tem dado sinalização de ampliação nem de aquisição de vacina. A Pfizer vai ter sim a cobertura, então nesse momento é necessário sim fazer essa aquisição porque eu entendo que muitas pessoas se perguntam por qual motivo tomar se não cobre a nova variante”, afirmou Mércia Feitosa.
Agência de Notícias Alese