O reajuste do salário mínimo para 2025, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trouxe à tona um dado curioso: mesmo enfrentando uma das piores crises econômicas da história recente, causada pela pandemia de Covid-19, o ex-presidente Jair Bolsonaro valorizou mais o trabalhador do que Lula, que lidera o Partido dos Trabalhadores.
Enquanto o novo valor do salário mínimo, que será de R$ 1.518 no próximo ano, representa um aumento real de 2,5% acima da inflação, o reajuste promovido por Bolsonaro em 2022 garantiu 10,04% de acréscimo, apesar das dificuldades econômicas enfrentadas pelo país.
Reajustes comparados: Bolsonaro vs. Lula
- 2022 (Bolsonaro): O salário mínimo passou de R$ 1.100 para R$ 1.212, garantindo reposição integral da inflação acumulada e preservando o poder de compra da população, mesmo com o PIB de referência de 2020 marcando retração (-3,9%).
- 2025 (Lula): Com o aumento de R$ 106 sobre o valor de 2024, o salário mínimo chegará a R$ 1.518. Apesar de um ganho real de 2,5%, o novo modelo adotado pelo governo Lula limita o reajuste baseado no crescimento do PIB a esse teto, restringindo a valorização em comparação aos aumentos feitos anteriormente.
Bolsonaro em tempos de crise
O governo Bolsonaro enfrentou desafios enormes durante a pandemia, como queda na atividade econômica, aumento do desemprego e crise fiscal. Apesar disso, priorizou políticas que protegiam o poder de compra do trabalhador. Em seu último reajuste, mesmo sem poder aplicar um aumento real devido à retração do PIB em 2020, Bolsonaro garantiu que o mínimo não perdesse valor frente à inflação, algo essencial para mais de 60 milhões de brasileiros que dependem diretamente do salário mínimo.
Lula e as limitações fiscais
Já no governo Lula, o novo arcabouço fiscal impõe limites mais rígidos ao crescimento das despesas públicas, incluindo os reajustes do salário mínimo. A fórmula atual, que combina inflação e PIB de dois anos anteriores, com teto de 2,5% para ganhos reais, reflete o esforço do governo em equilibrar as contas públicas, mas reduz o impacto direto no bolso dos trabalhadores.
Impacto nas contas públicas e na sociedade
Embora a política de valorização de Bolsonaro tenha resultado em maior pressão fiscal, ela também demonstrou um compromisso mais evidente com a preservação do poder de compra dos brasileiros, especialmente em um momento de crise global. Por outro lado, Lula, que sempre defendeu o fortalecimento do salário mínimo como ferramenta de redução de desigualdades, enfrenta críticas pela limitação dos reajustes, que têm impacto direto na renda de milhões de trabalhadores e beneficiários do INSS.
O contraste entre os dois governos reforça um ponto polêmico: mesmo em um cenário adverso, Bolsonaro conseguiu valorizar mais o salário mínimo em seus últimos anos de mandato do que Lula, que agora governa em condições econômicas mais favoráveis. O Partido dos Trabalhadores, conhecido por suas bandeiras em defesa da classe trabalhadora, parece adotar um tom mais moderado na política salarial, algo que tem gerado debates entre especialistas e a sociedade.
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