O Brasil está prestes a testemunhar um evento marcante no mundo dos concursos públicos: o Concurso Público Nacional Unificado. Com a promessa de preencher 6.590 vagas em 20 órgãos e entidades públicas que aderiram a este processo seletivo inovador, os candidatos em todo o país estão ansiosos pelo lançamento do edital, previsto para até o dia 20 de dezembro.
Inicialmente, o governo havia anunciado a disponibilidade de 7.826 vagas, mas nem todos os órgãos públicos optaram por participar desse concurso unificado. Segundo a Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, ainda há uma possibilidade de adesão de outros órgãos até a assinatura do termo de adesão. Ela observou que “alguns órgãos ainda não entenderam totalmente o modelo e preferiram manter a realização de concursos de forma individual.”
Uma das características mais notáveis deste concurso é a sua abrangência geográfica. O Concurso Nacional Unificado será organizado com a realização de um mesmo certame em cerca de 180 cidades simultaneamente. Atendendo a um pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a cidade de São Miguel da Cachoeira, no Amazonas, que abriga uma significativa população indígena, também será incluída no processo.
O governo brasileiro tem grandes expectativas para este concurso, visando torná-lo a principal forma de seleção de servidores públicos federais. A ideia é que ele seja realizado anualmente ou a cada dois anos.
No que diz respeito à estrutura do concurso, a primeira etapa será realizada em um único dia e dividida em dois momentos. Primeiro, os candidatos enfrentarão uma prova objetiva com conteúdo comum a todos. Em seguida, no mesmo dia, serão aplicadas provas dissertativas, abordando conteúdos específicos relacionados a cada bloco temático.
Ao se inscreverem no concurso, os candidatos deverão escolher um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis. Posteriormente, eles indicarão o cargo por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco escolhido.
A Ministra Esther Dweck assegura aos candidatos que os temas cobrados nas provas serão divulgados no edital, mas não haverá uma mudança radical em relação ao conteúdo dos concursos públicos atuais. Ela afirmou: “Todo mundo que já se prepara para concursos públicos estará preparado, podem ficar tranquilos. Não haverá mudança radical no conteúdo.”
Confira as instituições que aderiram ao Concurso e o número de vagas de cada uma delas:
. Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) – 502
. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – 742
. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – 520
. Ministério da Gestão e Inovação e transversais – 1480
. Ministério da Saúde – 220
. Ministério do Trabalho e Emprego – 900
. Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – 30
. Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – 50
. Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) – 40
. Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – 40
. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – 35
. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 895
. Ministério da Justiça e Segurança Pública – 100
. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – 296
. Ministério da Cultura – 50
. Advocacia-Geral da União (AGU) – 400
. Ministério da Educação – 70
. Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania – 40
. Ministério dos Povos Indígenas – 30
. Ministério do Planejamento e Orçamento – 60