A Coreia do Norte confirmou hoje o lançamento de dois mísseis balísticos de curto alcance, descrevendo-os como uma “simulação de ataque nuclear tático” em resposta às manobras militares realizadas pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul. A informação foi reportada pela KCNA, a agência oficial de notícias norte-coreana, gerando um novo episódio de tensão na já instável península coreana.
De acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) e o governo japonês, os mísseis não atingiram alvos no mar do Japão. Os projéteis foram detectados após serem lançados da área de Sunan, próxima ao Aeroporto Internacional de Pyongyang, e voaram aproximadamente 360 quilômetros até atingirem as águas do mar do Leste. As autoridades sul-coreanas e norte-americanas estão trabalhando para confirmar e analisar os dados relativos ao incidente.
Inicialmente, tanto o JCS quanto as autoridades japonesas relataram o lançamento de um único projétil. No entanto, as informações subsequentes revelaram que foram, na verdade, dois mísseis balísticos lançados em sequência durante a mesma operação. Esse lançamento ocorreu logo após os Estados Unidos terem enviado um bombardeiro estratégico B-1 para a península coreana como parte dos exercícios conjuntos chamados Ulchi Freedom Shield (UFS), realizados em conjunto com a Coreia do Sul.
As ações da Coreia do Norte são uma resposta direta ao que o país considera provocação por parte dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. Segundo informações do Ministério da Defesa sul-coreano, os dois países interpretaram o lançamento anterior de um foguete espacial pela Coreia do Norte como um teste de tecnologia de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), algo proibido pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU. O regime norte-coreano havia tentado, sem sucesso, colocar em órbita um satélite espião por meio do lançamento do foguete Chollima-1 em 24 de agosto.
As tensões têm aumentado nos últimos tempos, com a Coreia do Norte alertando repetidamente que as manobras militares realizadas pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul poderiam desencadear uma “guerra termonuclear”. As ações de hoje reforçam essa postura, deixando a comunidade internacional em alerta diante do cenário delicado na região.
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