O corpo da brasileira Juliana Marins, morta após cair em trilha na Indonésia, chegou ao Brasil e passará por nova autópsia no Rio. Entenda o que diz a perícia e o que será investigado.
O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, chegou ao Brasil nesta terça-feira (1º), uma semana após ter sido encontrado em uma encosta do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Juliana caiu durante uma trilha no vulcão e sofreu trauma torácico grave, segundo apontou a primeira autópsia feita no país asiático. A tragédia mobilizou autoridades brasileiras e será acompanhada por nova perícia no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro.
A reportagem do Imprensa 24h confirma que o caixão desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e seguiu em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Rio de Janeiro. O traslado foi viabilizado com apoio da Prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, que também prestou homenagem à jovem ao batizar com seu nome um mirante e uma trilha na Praia do Sossego.
A decisão pela nova autópsia partiu da Justiça Federal, atendendo a pedido da família e com respaldo da Advocacia-Geral da União (AGU). A Polícia Federal será responsável pelo transporte do corpo até o IML e acompanhará o procedimento pericial.
O que diz a autópsia feita na Indonésia
Segundo relatório divulgado pelas autoridades indonésias, o corpo de Juliana apresentava fraturas na coluna vertebral, hemorragia interna e múltiplas escoriações, compatíveis com uma queda de aproximadamente 300 metros. Ela ficou imobilizada e incapaz de se mover. A morte teria ocorrido entre 50 minutos e 12h50 antes de ser localizada, conforme indicado pela perícia oficial.
O resgate durou sete horas e envolveu equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), além de voluntários e turistas que estavam na região e auxiliaram na localização do corpo.
Investigação por possível negligência
As autoridades locais abriram uma investigação sobre possível negligência na morte de Juliana. A principal linha de apuração analisa se houve falhas no suporte oferecido por guias e operadores turísticos durante o percurso. A trilha do Monte Rinjani é uma das mais desafiadoras da região, e o trajeto é considerado de alta complexidade, exigindo preparo físico e logístico adequado.
A Polícia da Indonésia confirmou que está analisando vídeos enviados por turistas e declarações de testemunhas que estavam no local, além de revisar os protocolos de segurança aplicados no parque nacional onde está o vulcão. A demora no resgate também será objeto de apuração.
Homenagem e comoção em Niterói
A comoção com a morte de Juliana mobilizou familiares, amigos e autoridades em Niterói. A prefeitura anunciou a criação do Mirante Juliana Marins e da Trilha Juliana Marins, como forma de preservar a memória da jovem, que era descrita como aventureira, alegre e apaixonada por viagens.
De acordo com a legislação vigente, toda morte violenta ou com circunstâncias desconhecidas deve ser analisada com o máximo rigor. O novo laudo elaborado no Brasil será fundamental para esclarecer pontos ainda em aberto e poderá subsidiar eventuais ações judiciais futuras.
O portal Imprensa 24h segue acompanhando o caso de Juliana Marins com apuração rigorosa, responsabilidade jornalística e atenção às atualizações oficiais.
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