A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro está marcada para se reunir nesta terça-feira (15) com o objetivo de ouvir o depoimento do fotógrafo da agência Reuters, Adriano Machado. Ele é acusado de conivência com os vândalos que perpetraram ataques às sedes dos três Poderes durante a invasão ocorrida naquela data. Os membros da comissão, formada por deputados e senadores, têm como missão apurar as circunstâncias da invasão e investigar possíveis cumplicidades.
O depoimento de Adriano Machado foi solicitado por um grupo de deputados e senadores, entre eles Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ), Marco Feliciano (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Izalci Lucas (PSDB-DF), Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES). Alegam que o fotógrafo, por meio das imagens captadas pelas câmeras do Palácio do Planalto, teria registrado a invasão e até mesmo incentivado os atos de vandalismo.
Eduardo Bolsonaro destaca que, nas imagens, é possível identificar o fotógrafo posicionado atrás de um grupo que arrombava uma porta de vidro na antessala do gabinete da Presidência da República. Segundo suas alegações, o fotógrafo teria informado ao homem que efetuou o arrombamento que a violação seria gravada, o que indicaria uma espécie de pré-acordo entre eles. Após o ato, ambos teriam revisado a imagem e celebrado com um gesto de cumprimento, conforme a denúncia.
Nikolas Ferreira também se pronunciou sobre o caso, afirmando que a atitude do fotógrafo é, no mínimo, peculiar e suspeita. Já o senador Girão enfatiza que as imagens sugerem que o fotógrafo possuía uma certa familiaridade com as pessoas presentes no ambiente invadido e que estava protegido por aqueles que o acompanhavam, levantando a possibilidade de uma premeditação ou acordo prévio.
A reunião da CPMI está agendada para ocorrer às 9 horas, no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. A expectativa é de que o depoimento de Adriano Machado traga luz aos acontecimentos e esclareça as alegações que têm surgido a respeito de sua possível conivência com os vândalos durante a invasão do 8 de Janeiro. A repercussão desse depoimento promete ser intensa, conforme a CPMI busca elucidar os eventos daquele dia e estabelecer a verdade por trás das imagens captadas no Palácio do Planalto.
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