Quase 3 mil crianças seguem fora da escola em Aracaju, segundo denúncia da vereadora Sônia Meire na Câmara Municipal. Ela cobra transparência da Secretaria de Educação e solução imediata do problema.
A exclusão escolar de crianças em Aracaju foi tema de forte denúncia feita nesta terça-feira (5), na retomada dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal de Aracaju (CMA). A vereadora Sônia Meire (PSOL) usou a tribuna para alertar que cerca de 2.884 crianças estão cadastradas na lista de espera da Secretaria Municipal de Educação e ainda não conseguiram vaga nas escolas da capital, conforme levantamento feito por seu gabinete. A parlamentar afirmou que, mesmo com o segundo semestre letivo já iniciado, não há uma programação clara para garantir o direito à educação dessas crianças.
Durante seu pronunciamento, a vereadora destacou que a fila de espera atinge todos os níveis de ensino da rede municipal, desde a creche até o fim do ensino fundamental. Segundo Sônia Meire, a situação é ainda mais grave em bairros como Santa Maria, Olaria, Santos Dumont, Lamarão, Coroa do Meio e Soledade, onde há registros de dezenas de crianças fora da sala de aula. A parlamentar relembrou que essa realidade já vinha sendo criticada na gestão anterior e permanece sem solução mesmo após sete meses da nova administração.
“As aulas da rede municipal já começaram, mas continuamos sem uma solução para quase 3 mil crianças. Há bairros com números alarmantes de crianças fora da escola. Reforço aqui a crítica que já fazia à gestão anterior”, afirmou a vereadora.
Além da falta de vagas, Sônia Meire criticou a ausência de transparência no portal da Secretaria Municipal de Educação. Segundo ela, os dados não são apresentados de forma clara, dificultando a análise por série, faixa etária e localidade. Essa falta de clareza compromete a fiscalização das políticas públicas e impede a atuação efetiva do Legislativo.
Em campanha eleitoral, a prefeita Emília Corrêa (Patriota) prometeu zerar a fila de espera por vagas na rede municipal de ensino, mas, até agora, apenas uma escola reformada foi entregue — localizada no bairro Industrial. Para a vereadora do PSOL, o ritmo lento das ações não condiz com a urgência do problema.
“É preciso que os dados sejam organizados e disponibilizados de forma acessível, para que a população possa acompanhar a situação — assim como nós, vereadoras e vereadores. Já cobrei isso pessoalmente da secretária Edna Amorim”, declarou Sônia Meire.
A vereadora também reforçou que o acesso à educação é um direito constitucional de crianças e adolescentes e que o uso de recursos do fundo público da educação deve ser rigorosamente fiscalizado, exigindo transparência e eficiência por parte da gestão municipal.
O portal Imprensa 24h seguirá acompanhando este tema fundamental para Aracaju, cobrando respostas da Prefeitura e atualizações da Secretaria Municipal de Educação. A reportagem reforça que denúncias e reclamações podem ser feitas diretamente nos canais oficiais da Câmara Municipal de Aracaju, disponíveis no site www.camaradearacaju.se.gov.br, e também na plataforma oficial da Prefeitura de Aracaju.
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