Em 2025, Atlético-MG enfrenta crise financeira com atrasos em salários e direitos de imagem, protestos dos jogadores e busca por aporte milionário para equilibrar as contas. Saiba mais.
Em 2025, o Atlético-MG segue enfrentando uma grave crise financeira que afeta diretamente o pagamento de salários e direitos de imagem aos jogadores, gerando protestos e insatisfação dentro do elenco. No dia 7 de julho, o grupo promoveu um protesto silencioso na Cidade do Galo, treinando com os bolsos dos shorts para fora, como forma de cobrar os valores atrasados.
Confirmado pelo diretor executivo de futebol do clube, Paulo Bracks, o episódio motivou uma reunião no dia seguinte com os atletas, quando a diretoria expôs a realidade financeira do clube e as datas previstas para os pagamentos. Naquele momento, o Atlético-MG tinha dois dias de salários atrasados e mais de 15 dias de direitos de imagem pendentes.
Apesar do compromisso assumido para quitar esses valores até 15 de julho, os atrasos e insatisfações continuam. Em um dos episódios mais tensos, o atacante Rony chegou a acionar a Justiça pedindo rescisão unilateral de contrato devido aos atrasos no FGTS, luvas e direitos de imagem, mas recuou após conversar com a diretoria. Outros jogadores importantes, como Guilherme Arana, Gustavo Scarpa e Igor Gomes, também notificaram o clube extrajudicialmente por atrasos nos pagamentos.
O clube mineiro fecha 2025 com dificuldades financeiras que vêm desde anos anteriores. Segundo o balanço financeiro divulgado em maio, o Atlético-MG registrou um prejuízo aproximado de R$ 300 milhões no último exercício, e a dívida total do clube ultrapassa R$ 1,8 bilhão. O economista César Grafietti aponta que a dívida pode chegar a R$ 2,3 bilhões, o que demandaria entre 19 e 22 anos para ser quitada.
Para tentar reverter o quadro, a diretoria busca um aporte financeiro superior a R$ 500 milhões ainda neste semestre, negociando com investidores e contando com possíveis aportes dos atuais acionistas. Paralelamente, está em discussão a alteração da cláusula anti-diluição da SAF, que pode reduzir a participação da associação do clube de 25% para até 10%, dependendo do aporte realizado.
Rafael Menin, um dos acionistas da SAF, admitiu publicamente os atrasos recorrentes nos pagamentos ao elenco e explicou os desafios enfrentados nos últimos anos, citando dificuldades como o fechamento da Arena Atlético-MG e receitas inferiores às esperadas.
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