Além do sabor e tradição, os ingredientes natalinos acrescentam valor afetivo à data.
A celebração do Natal é marcada pelo encontro com amigos e familiares, troca de presentes, e claro, a tão esperada ceia à meia-noite. Em muitas mesas, o que não pode faltar é o peru assado, principal alimento típico da época. Mas outros alimentos também fazem parte da festa. De origens variadas, cada um deles ganhou um toque especial nas mesas dos brasileiros e conquistaram uma parte tão grande no coração de cada um, que pode gerar lembranças afetivas.
De acordo com a preceptora de nutrição clínica da Universidade Tiradentes (Unit), Msc. Cristiani Brandão, existem várias possibilidades. “Sem dúvida, o peru é o alimento mais tradicional na ceia natalina, mas existem outras opções como: chester, tender, pernil, lombo e o bacalhau. E como acompanhamentos: arroz à grega, salpicão e farofa. Além desses alimentos, temos também o panetone, as frutas secas e castanhas e a rabanada”, diz.
Os alimentos típicos da época têm origens diversas. O peru vem dos americanos, o bacalhau e a rabanada, são heranças de Portugal; o panetone, de Milão; e o salpicão faz parte da culinária mexicana e francesa. “Existem várias histórias, mas acredita-se que a tradição do peru como prato principal na ceia de Natal veio da cultura norte-americana. Isso porque os americanos costumam consumir a ave na ceia de Ação de Graças, feriado bastante tradicional na cultura dos Estados Unidos, porque a ave indica prosperidade e fartura”, explica a preceptora.
“Aqui no Brasil, esse costume surgiu no século XIX, antes disso, o bacalhau que fazia parte da ceia natalina, tradição trazida pelos portugueses. Há muito tempo as frutas secas como uvas passas, nozes, amêndoas são incorporadas a grandes celebrações. Atualmente, são utilizadas no Natal, e essa tradição é originária da Roma antiga, quando eram oferecidas como presentes. E cada fruta seca tinha um significado especial”, acrescenta.
Além do sabor e tradição, os ingredientes natalinos acrescentam valor afetivo à data. “A tradição das reuniões familiares na ceia natalina, tem uma simbologia muito importante, porque demonstra união, confraternização. E esse momento especial, tem o poder de trazer memórias afetivas. Como uma sobremesa igual a que a avó costumava fazer pode nós levar, em questão de segundos, de volta à infância. As receitas tradicionais de cada família não guardam apenas sabores, trazem também amor, carinho, afeto e boas memórias”, concluiu Cristiani.
Asscom Unit