A Polícia Federal (PF) marcou o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para 14 de novembro, em Brasília, no âmbito de uma investigação que tem gerado grande repercussão no cenário político brasileiro. A parlamentar está sendo investigada por supostamente participar de um esquema de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que teria como objetivo fraudar as urnas eletrônicas e inserir informações falsas sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A investigação teve início após a PF deflagrar uma operação em agosto, que teve como alvos a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto. A operação visava apurar as circunstâncias da invasão ao CNJ, bem como a possível participação da parlamentar no esquema. Segundo informações obtidas pela polícia, Zambelli teria contratado o hacker Walter Delgatti Neto para realizar a invasão, sendo que ele teria recebido a quantia de R$ 13 mil, supostamente pagos por assessores da deputada.
Carla Zambelli, no mesmo dia da operação da PF, negou veementemente as acusações que pesam sobre ela. Em sua defesa, a deputada alegou que os pagamentos feitos a Walter Delgatti se referem a serviços pessoais, não tendo qualquer ligação com a invasão ao CNJ. Delgatti Neto ficou conhecido anteriormente por seu envolvimento no episódio da “Vaza Jato”, quando invadiu os telefones de autoridades envolvidas na Operação Lava Jato, gerando grande controvérsia e debates sobre a segurança cibernética no país.
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