Em um cenário marcado por expectativas sobre os juros no Brasil e no exterior, o dólar comercial registrou uma queda significativa, chegando a ser cotado abaixo de R$ 4,80 e se aproximando da mínima do ano, atingida anteriormente em 26 de junho. Enquanto isso, a bolsa de valores perdeu um segundo dia consecutivo de derrotas, sem conseguir reverter o cenário negativo. O mercado foi influenciado por fatores internos, como a possibilidade de redução da Taxa Selic pelo Banco Central na próxima reunião, e externos, como a divulgação de índices de garantia abaixo do esperado nos Estados Unidos e em outras economias avançadas. Diante desse contexto, os investidores permanecem cautelosos e atentos às decisões do Federal Reserve, o Banco Central norte-americano.
Em meio às expectativas sobre juros, dólar cai e se aproxima da mínima do ano:
Nesta quarta-feira (19), o dólar comercial apresentou um movimento de queda e encerrou o dia cotado a R$ 4,786, representando uma queda de R$ 0,023 (-0,48%). Apesar de ter iniciado o dia com nível alto, a citação reverteu o movimento e passou a declinar após a abertura do mercado norte-americano, fechando próximo da mínima do dia.
Essa queda é acentuada após três dias seguidos de alta e coloca a moeda norte-americana próxima da menor cotação do ano, registrada em 26 de junho, quando o dólar encerrou vendido a R$ 4.767. No acumulado do ano, o dólar recuou 9,36%, enquanto que, no mês, a queda é de 0,08%.
Desempenho desigual: Bolsa de valores registra novo dia de perdas:
Enquanto o dólar apresentou uma queda expressiva, a bolsa de valores mostrou um desempenho desigual. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 117,552 pontos, com uma queda de 0,25%. Ao longo do dia, o indicador chegou a cair 1% às 13h, mas teve uma leve recuperação durante a tarde, não suportou, entretanto, reverter a tendência negativa.
Influência de fatores internos e externos:
O mercado brasileiro foi influenciado por uma combinação de fatores domésticos e externos. A perspectiva de que o Banco Central possa reduzir a Taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em agosto, atraiu a atenção dos investidores. Apesar dessa possibilidade, os juros brasileiros ainda permanecem em patamares altos, o que continua a atrair capitais estrangeiros.
Além disso, a divulgação de índices de garantia abaixo do esperado nos Estados Unidos e em outras economias avançadas reduz a pressão para que os Bancos Centrais desses países elevem os juros. Na próxima semana, o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) definirá a política monetária da maior economia do planeta, sendo esperado um aumento de 0,25 ponto percentual, que marcaria o fim do ciclo de alta iniciado em 2022.