Investimento federal estimado para o edital é de R$ 82 milhões. Desde 2005, programa já contemplou mais de 81 mil esportistas com destaque em competições
Estão abertas as inscrições para o Bolsa Atleta 2023, voltado para esportistas com destaque nas modalidades dos programas Olímpico e Paralímpico, em competições realizadas no calendário de 2022. O edital 1/2023 foi publicado pelo Ministério do Esporte nesta terça-feira (31/01), no Diário Oficial da União (DOU). O programa federal contempla atletas a partir dos 14 anos. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de fevereiro e o processo de adesão e de envio de documentação é totalmente online. Para fazer a inscrição, acesse este link.
O investimento federal estimado para o edital é de R$ 82 milhões. Desde 2005, quando o programa selecionou o primeiro grupo de competidores, 81.443 atletas já receberam o benefício. “O Bolsa Atleta é uma das políticas mais importantes do Ministério do Esporte e beneficia milhares de atletas brasileiros que precisam desse apoio para manter os treinamentos, a preparação e para se manter avançando em suas carreiras esportivas”, explicou a ministra do Esporte, Ana Moser. “Com o incentivo, vão continuar representando o Brasil em competições internacionais e praticando o esporte de alto desempenho no Brasil. É uma superpolítica e o Ministério tem muito orgulho de estar lançando, hoje, o edital de 2023″, comemorou.
Atualmente, são 6.419 atletas contemplados pelo programa, entre as categorias Base (292 contemplados), Estudantil (241), Nacional (4.794), Internacional (847) e Olímpica/Paralímpica (245). São 3.578 homens (56%) e 2.841 mulheres (44%). Os repasses mensais variam entre R$ 370 e R$ 3.100, de acordo com a categoria.
Conforme o Edital, após o encerramento das inscrições (no dia 17) os atletas terão até 30 dias, contados a partir da primeira notificação, para a complementação de documentos comprobatórios, caso necessário. A lista preliminar de contemplados deve ser publicada entre os dias 11 e 15 de abril. A partir daí, abre-se um prazo de até 10 dias para recursos.
O processo de indicação dos atletas elegíveis ao Bolsa Atleta é feito pelas entidades nacionais de administração do esporte, como o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e outras confederações.
O Bolsa Atleta ainda conta com a categoria Pódio, destinada a atletas de elite, posicionados entre os 20 melhores do mundo. Na categoria estão previstos repasses entre R$ 5 mil e R$ 15 mil mensais. Um edital específico para a Pódio foi publicado em dezembro de 2022. Combinando os dois editais, o investimento federal anual para o programa Bolsa Atleta supera R$ 120 milhões.
A força do Programa Bolsa Atleta pode ser medida pelo desempenho do Brasil nos últimos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Em Tóquio, em 2021, 80% dos integrantes da delegação olímpica e 95% da paralímpica eram bolsistas. Nas Olimpíadas, o Brasil conquistou 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes), em 13 modalidades, terminando nos Jogos na 12ª colocação no quadro de medalhas. Em 19 dos 21 pódios (90,45%), os atletas recebiam a Bolsa Atleta.
Já nas Paralimpíadas, foram 72 medalhas (22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes) conquistadas, o que rendeu ao país a 7ª posição no quadro de medalhas. Os bolsistas representaram 68 dos 72 pódios conquistados: 94,4% do total.