Humoristas da CBS, como Stephen Colbert e Jon Stewart, acusam a emissora de “suborno” em acordo milionário com Donald Trump. A polêmica pode impactar a venda da Paramount.
O apresentador Stephen Colbert, do programa “The Late Show”, voltou das férias disparando contra a CBS e sua controladora, a Paramount Global, após a emissora fechar um acordo milionário com o ex-presidente Donald Trump. Em seu monólogo da última segunda-feira (15), Colbert classificou o acerto de US$ 16 milhões como um “grande e gordo suborno”, sugerindo que o pagamento foi feito para facilitar a venda da Paramount para a Skydance Media — negócio que ainda depende de aprovação do governo norte-americano.
A crítica veio uma semana após Jon Stewart, do The Daily Show, também se manifestar contra a decisão. Ambos os programas fazem parte do grupo Paramount, o que transformou os humoristas nos rostos mais visíveis dentro da empresa a condenar publicamente o acordo, que encerrou o processo movido por Trump contra uma reportagem do “60 Minutes” sobre a então candidata democrata Kamala Harris.
“Estou ofendido”, afirmou Colbert em seu retorno ao vivo. “Não sei se algo poderá reparar minha confiança nesta empresa. Mas, arriscando um palpite… US$ 16 milhões ajudariam.” O comediante usou o termo “suborno” para ironizar o acordo e aludir aos rumores de que o pagamento seria uma forma de remover obstáculos à venda da empresa para o executivo David Ellison, da Skydance.
Em tom igualmente crítico, Stewart classificou o acordo como “vergonhoso” e chegou a interromper sua crítica com uma propaganda falsa da Arby’s, ironizando o interesse comercial da emissora. Durante a conversa com o ex-repórter do “60 Minutes”, Steve Kroft, Stewart questionou: “Internamente, isso é devastador para jornalistas que se orgulham do bom jornalismo contextual, certo?” Kroft respondeu: “Devastador é uma boa palavra.”
A repercussão do caso se intensificou após boatos de que David Ellison poderia demitir os dois comediantes, especialmente Stewart, que aparece apenas uma vez por semana na programação do Comedy Central, canal também da Paramount. Colbert, no entanto, é líder de audiência na TV aberta americana e crítico contumaz de Donald Trump — que, por sua vez, já o chamou de “total fracasso” e “muito entediante” em sua rede Truth Social.
Colbert brincou com os rumores sobre sua possível demissão, dizendo: “Como vão pressionar o Stephen Colbert se não conseguem me reconhecer?”, ao exibir o bigode que deixou crescer nas férias.
A crise se agravou com a saída dos executivos Wendy McMahon (CEO da CBS News) e Bill Owens (produtor executivo do “60 Minutes”), que segundo relatos internos, eram contra o acordo com Trump. Durante a cobertura do caso, o âncora do “CBS Evening News”, John Dickerson, destacou: “O público vai decidir o que isso significa. Nosso trabalho é testemunhar e honrar o que vemos em nome das pessoas.”
Mais detalhes podem ser conferidos nos perfis oficiais do repórter David Bauder no X (Twitter) e no Bluesky.
A Imprensa 24h segue acompanhando os desdobramentos desse caso que envolve liberdade de imprensa, interesses empresariais e política nos Estados Unidos — temas que também têm repercussão direta na cobertura jornalística global.
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