O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou voluntariamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) os extratos bancários referentes aos quatro anos de seu mandato presidencial. A ação ocorreu na última quinta-feira (24), de acordo com informações divulgadas pelo advogado Paulo Cunha Bueno em entrevista à CNN.
O ato de fornecer os extratos bancários ocorre em meio à recente determinação do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou a quebra de sigilo bancário e fiscal tanto do ex-presidente Bolsonaro quanto da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. O gesto do ex-presidente visa a evitar a necessidade da quebra de sigilo, indicando sua disposição em cooperar com as investigações em andamento.
No documento entregue ao STF, a defesa de Bolsonaro expressa que a ação voluntária tem o intuito de tornar dispensável a movimentação da máquina pública para investigar os dados bancários em questão. “O peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como Presidente da República, afastando a necessidade de se movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão”, diz trecho do documento.
Segundo fontes próximas ao ex-presidente, os extratos contemplam informações relacionadas à venda de automóveis, jet-ski e ressarcimento de despesas médicas. A defesa de Bolsonaro, no entanto, solicita que a justiça mantenha sigilo sobre essas informações, sinalizando uma postura de cooperação enquanto resguarda a privacidade das movimentações financeiras.
Em comunicado, a defesa reitera que durante o período em que esteve à frente do governo, entre os anos de 2019 e 2022, Bolsonaro manteve seu compromisso com os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, que são os alicerces da administração pública.
A ação de Bolsonaro em entregar os extratos bancários de forma voluntária e sua disposição em colaborar com as investigações demonstram um movimento calculado para neutralizar possíveis especulações e questionamentos quanto à sua conduta financeira durante seu mandato presidencial.
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