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G20 Social, inédito no G20, é coordenado por Márcio Macêdo e tem destaque nacional e internacional

G20 Social, inédito no G20, é coordenado por Márcio Macêdo e tem destaque nacional e internacional

G20 Social, inédito no G20, é coordenado por Márcio Macêdo e tem destaque nacional e internacional

Lula determinou a ampliação da participação social no G20 e escolheu Macêdo para liderar a novidade

O presidente Lula está presidindo bloco do G20, que reúne as maiores economias do planeta. Tradicionalmente o grupo tem duas trilhas: uma geopolítica, que é responsabilidade do Ministério das Relações Exteriores e a outra é a financeira, comandada pelo Ministério da Fazenda. Ao assumir a presidência, em dezembro do ano passado, o presidente Lula determinou que as sociedades de todos os países integrantes do bloco precisavam ser ouvidas. E criou uma nova e inédita trilha: o G20 Social. Lula escolheu o ministro sergipano para liderar essa novidade. O G20 Social já é realidade e se consolida não só entre as organizações da sociedade civil no Brasil, mas também no exterior.

Macedo coordena grupos de participação das sociedades que debatem de trabalho, situação feminina, meio ambiente e desenvolvimento, juventudes até a atuação de tribunais superiores. São 13 grupos de engajamento no total. Além disso, o ministro e sua equipe da Secretaria-Geral da Presidência da República também fazem a coordenação de encontros de ministérios com grupos específicos de discussão sobre diversos temas. Todas essas atividades compõem o G20 Social.

Sob orientação do presidente Lula, todos os debates devem ter três linhas : o combate à fome e à pobreza, meio ambiente e desenvolvimento sustentável e uma nova governança para os países e o planeta. O evento principal do G20 Social será a Cúpula Social, em novembro, no Rio de janeiro antecedendo a Cúpula dos chefes de Estado do G20. A intenção é que os resultados das discussões com propostas concretas apresentadas pelas sociedades sejam apresentados na Cúpula do G20, a exemplo do que foi feito na Cúpula da Amazônia e na Cúpula do Mercosul, em 2023. Os dois foram coordenados também pelo sergipano.

Os jornais Valor Econômico e O Globo produziram uma edição especial sobre o G20 e o G20 Social. A jornalista Marlene Jaggi, do Valor, fez uma entrevista exclusiva com Macêdo que explicou com detalhes o que é essa nova trilha idealizada pelo presidente Lula e o que se espera dessa aproximação das nações com as análises e propostas de sua gente. Abaixo estão alguns destaques da entrevista ao jornal Valor Econômico.

Valor Econômico: Como a participação da sociedade civil pode contribuir para que o Brasil consiga ter sucesso em suas prioridades?

Márcio Macêdo: “O presidente Lula diz que não se faz política pública completa, eficiente, sem participação social. E vale também para as questões de relações internacionais do Brasil e para a política externa internacional como um todo. Exatamente por isso, o presidente Lula definiu que uma das prioridades da presidência brasileira no G20 é deixar a escuta e efetiva contribuição da sociedade como legado. Isso inclui não apenas esforços para ampliar a base de participação social, mas para que essa participação seja concreta, para aumentar a incidência dessa participação com o objetivo de gerar resultados mais efetivos para o G-20.”

 

Valor Econômico: Que outras contribuições o G20 Social pode trazer ao G20 e às economias globais?

Márcio Macêdo: “O G20 Social é um processo que vai se desenvolver ao longo de todo o ano. E que terá a participação da sociedade nos grupos de engajamento que são autogeridos e englobam 13 temas ( de trabalho, mulheres e juventude a supremas cortes) com representantes de todos os países integrantes do G20; e também eventos e reuniões de representantes e negociadores dos governos sobre temas específicos com entidades não governamentais, agentes de participação popular que não precisam estar necessariamente nos grupos de engajamento. O G20 Social, além de trazer novos elementos para pautar as negociações e as decisões dos líderes dos países, também cria um espaço para reunir a sociedade civil global em torno do objetivo maior da presidência brasileira que é a luta contra a desigualdade. Ele serve para deixar uma mensagem como parte de um processo de que a sociedade civil global pode e deve incidir cada vez mais sobre as respostas do G20.

Se esse processo de escuta , de dar visibilidade e efetiva contribuição das sociedades tiver continuidade além deste ano, é um objetivo do governo brasileiro que se concretizará como um legado. Este governo está dando início a algo completamente inédito na história do G20 que é a consolidação do processo de participação social.”

 

Valor Econômico: As reivindicações dos grupos de engajamento (que são amplas e diversas) poderão ser contempladas pelo G20? Como?

Márcio Macêdo: “As reivindicações dos grupos de engajamento seguramente poderão e deverão ser contempladas pelo G20. Nós temos feito um grande trabalho de articulação entre esses grupos e um esforço de diálogo entre eles e os negociadores, para que eles possam desde já, desde o começo do processo dos debates, apresentar suas sugestões, recomendações e então influenciar o processo de tomada de decisões dos dirigentes do G20. Já em julho haverá, por exemplo, uma reunião de representantes da sociedade civil com os sherpas, que são os negociadores da trilha política. Mais ou menos no meio do processo para a realização da Cúpula Social do G20, que será em novembro. Este é um dos papéis da coordenação da trilha social , que está sendo feita pela pasta que lidero, pela Secretaria-Geral da Presidência da República.”

 

Valor Econômico: Como será organizada a Cúpula Social do G20?

Márcio Macêdo: “A Cúpula Social do G20 é um processo e um evento. Ela vai ser feita dos dias 14 a 16 de novembro, no Rio de Janeiro, é parte da Cúpula dos Chefes de Estado. E girará em torno dos eixos prioritários indicados pelo presidente Lula para a presidência brasileira do G20: a redução da desigualdade como o tema que abraça os demais. E mais especificamente: o combate à fome e à pobreza, as questões de clima e desenvolvimento sustentável, a reforma da governança global, sempre com o objetivo de pautar a inclusão e a diversidade na arena global. É um processo que pretende desde já pautar as decisões dos líderes e que culminará no fim do ano com uma grande mensagem da sociedade civil, amplamente representada, para o mundo.