O ministro Gilmar Mendes, o mais antigo integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), possui uma trajetória de 22 anos na Corte e é conhecido por ser um elo entre o Judiciário e os demais poderes. Com uma carreira que inclui o cargo de advogado-geral da União durante o governo Fernando Henrique Cardoso, Gilmar tornou-se uma figura essencial na mediação de crises institucionais, especialmente em momentos críticos, como os ocorridos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em uma decisão recente, Gilmar Mendes anulou as últimas condenações contra o ex-ministro José Dirceu, relacionadas à operação Lava Jato, permitindo que o ex-dirigente do PT retorne à política. A decisão foi tomada de forma monocrática na última terça-feira, dia 28, e estende a Dirceu os efeitos do entendimento que declarou a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro nos julgamentos de processos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para lidar com as demandas de seu gabinete no STF, Gilmar Mendes conta com uma equipe composta por 34 servidores, incluindo concursados e colaboradores de outras instituições. Entre seus principais aliados estão Eduardo Granzotto, chefe de gabinete, e Lucas Faber, juiz instrutor que antes atuava no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Outros juízes auxiliares, como Felipe Ramos, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, e Diego Véras, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, também apoiam o decano na condução dos processos.
A atuação de Gilmar Mendes reflete sua experiência e influência como decano do STF, exercendo um papel de interlocutor entre o Judiciário e os demais poderes e marcando sua posição em decisões que frequentemente geram repercussão política.