Conhecido como o “hacker da Vaza Jato,” Walter Delgatti Neto está programado para prestar depoimento crucial na CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta quinta-feira, dia 14 de setembro. Delgatti será o 24º depoente a ser ouvido pelos distritais em uma investigação que visa descobrir os mentores intelectuais por trás dos atos extremistas ocorridos em 12 de dezembro e 8 de janeiro.
O depoimento de Delgatti na Comissão Parlamentar de Inquérito é aguardado com grande expectativa, uma vez que ele já testemunhou na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os eventos de 8 de janeiro no Congresso Nacional. Naquela ocasião, Delgatti alegou que o presidente Jair Bolsonaro teria prometido a ele um indulto em troca da posse de um suposto grampo feito por agentes estrangeiros envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em resposta a essas alegações, a defesa de Bolsonaro apresentou uma queixa-crime contra o hacker por calúnia.
A trajetória de Walter Delgatti Neto é marcada por controvérsias e crimes cibernéticos. Ele está detido desde agosto devido ao seu envolvimento nos ataques de hackers a celulares do ex-juiz federal e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e de ex-procuradores da República que atuaram na operação Lava Jato. Por esses atos, Delgatti foi condenado pela Justiça Federal a uma pena de 20 anos e um mês de prisão, além de 736 dias-multa, pelos crimes de invasão de dispositivos eletrônicos, interceptação de comunicações telefônicas, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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