Na sessão desta quinta-feira (26), a deputada estadual Kitty Lima subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para denunciar uma situação grave que afeta não só animais, mas também pessoas vulneráveis em Aracaju e região. Com um discurso direto e cheio de indignação, ela expôs a facilidade com que bombas de alto impacto são vendidas nas ruas da capital, alertando para os riscos que essas explosões representam à saúde e à vida.
Kitty exibiu um vídeo gravado por Adriano Bandeira, secretário de proteção animal de Nossa Senhora do Socorro, que mostra claramente a comercialização livre e descontrolada desses fogos, vendidos “como se fossem bala”. No vídeo, Adriano denuncia a falta de controle e fiscalização, que permite que qualquer pessoa adquira esses artefatos perigosos sem nenhuma restrição.
“Recebi uma chuva de reclamações. Isso é crime à luz do dia! Fogos que causam ataques cardíacos em animais, crises sensoriais em crianças autistas, pânico em idosos e pessoas acamadas”, alertou a deputada. Ela lembrou do caso do cão Thor, de 7 anos, que morreu de infarto devido ao barulho dos fogos, e ressaltou que não falta legislação para coibir essa prática — o Decreto-Lei nº 4.238, de 1942, proíbe justamente a venda e o uso sem autorização desses fogos com alto poder explosivo.
Com a voz firme, Kitty Lima convocou o Ministério Público Estadual e Federal, as forças policiais, o Corpo de Bombeiros e a sociedade civil para uma ação imediata. “Quem vende, quem solta esses fogos irregularmente comete crime. Quem se cala é cúmplice”, sentenciou. Ela fez questão de desmistificar a ideia de tradição usada para justificar o uso desses artefatos perigosos: “Não existe tradição que cause morte.”
A deputada encerrou seu discurso com um apelo claro para que a Assembleia Legislativa seja um palco de resistência contra essa violência sonora e para que a voz dos indefesos, sejam animais ou pessoas com necessidades especiais, seja ouvida e respeitada.
“Não vou deixar esse tema passar”, avisou Kitty Lima, sinalizando que a luta pela proteção e respeito à vida em Sergipe está apenas começando.
Fonte: Assessoria
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