“É uma honra para a Frente Nacional receber o nosso presidente da República neste evento, em um momento tão importante para o nosso país. Quero afirmar, conforme fiz na reunião da vossa excelência com os governadores, no dia 9 de janeiro, que nós, prefeitos do Brasil, somos a favor e defensores da liberdade e democracia. O senhor é o presidente de todos nós, do povo brasileiro e pode contar com esta entidade democrática, da qual sou o presidente reeleito, mas que é governada por todos nós, prefeitos e prefeitas do Brasil”, destacou Edvaldo.
Em seu pronunciamento, o presidente da Frente Nacional também pontuou para o presidente Lula os principais temas que foram debatidos durante os dois dias de Reunião Geral, com a participação ativa de centenas de gestores do país. “Estivemos aqui, discutindo, debatendo os grandes temas da vida política e institucional do nosso país, mas, acima de tudo, discutindo os temas que afligem cotidianamente os gestores das cidades brasileiras. Sempre digo que o cidadão que mora na cidade tem acesso às notícias sobre as situações ocorridas no país e no mundo, mas o que ele quer realmente saber é se a cidade em que vive está funcionando plenamente, com serviços públicos de qualidade. E essa é a tarefa do prefeito, permitir que cada cidadão possa ter o elemento capaz para que ele viva dignidade. Esse foi o norte das nossas discussões”, completou.
Edvaldo também falou da importante presença dos ministros como debatedores das mesas temáticas, para o enriquecimento das discussões. “Ontem, durante o encerramento do primeiro dia, o vice-presidente Alckmin disse uma frase que falo em muitos lugares e que fiquei muito feliz de ouvir dele: o século XX foi o século das nações e o XXI é o século das cidades. São nas cidades que os problemas se materializam e foi com esse pensamento que estivemos reunidos, com prefeitos, deputados, com ministros do governo federal, para tratar sobre os temas relevantes para os municípios. Contamos com a presença de Haddad para tratar da reforma tributária, com o ministro Jader para discutir sobre habitação social, com o ministro Waldez para falar sobre as mudanças climáticas, e com outros ministros de pastas importantes. Ou seja: quase todas as câmaras temáticas contaram com um representante do governo federal, o que enriqueceu as nossas discussões e nos ajudou a traçar metas fundamentais para o progresso do país”, frisou.
Ao listar os principais pontos de discussão, o presidente da FNP informou ao presidente Lula que, a partir das demandas apresentadas na Reunião Geral, prefeitos e prefeitas elaboraram uma carta, contendo os temas de grande interesse das cidades brasileiras. O documento foi entregue ao chefe do Executivo Federal. “Queremos cuidar das nossas cidades, mas também estamos empenhados em cuidar do nosso país, junto com a presidência. Vivemos um momento delicado, mas também de muita esperança, renovada com a vitória da vossa excelência nas eleições e já sentimos a diferença”, reiterou.
O prefeito de Aracaju e presidente da FNP também agradeceu ao presidente Lula pela presença no encerramento da Reunião Geral e destacou que “esta é a segunda vez na história da entidade que um presidente compareceu à plenária final”. “O Pacto Federativo já começou a funcionar, diferente do que aconteceu nos quatro anos do governo anterior. Com o senhor, em 60 dias de novo governo, já nos encontramos três vezes, contando com esse evento da FNP. Durante quatro anos o tempo ficou fechado em nosso país, mas agora o sol da democracia, da liberdade e, acima de tudo, do diálogo federativo voltou a brilhar, enchendo de esperança os corações dos prefeitos brasileiros. Vamos juntos construir um legado às futuras gerações, de democracia, de desenvolvimento econômico, de federalismo, de paz, prosperidade, justiça e de melhoria da qualidade de vida”, enalteceu.
“Eu nunca compreendi como um presidente da república pensa em governar sem levar em conta os entes federados, não apenas as prefeituras das capitais, mas as pequenas também porque são nelas que tudo acontece, que temos que resolver os problemas da saúde, do transporte, da educação, sãos nas cidades que as pessoas batem nas portas dos prefeitos para pedir o dinheiro do gás, do pagamento das contas. E quando instituímos o Bolsa Família percebemos que isso amenizou porque as pessoas passaram a ter o mínimo para sobreviver. Quando fizemos o PAC, em 2007 só conseguimos porque tivemos o apoio das cidades e soubemos construir as principais obras com os governadores. Não foi uma invenção, foi uma combinação entre os entes federados que permitiu o que nunca antes na história do país acontecesse. E tenho essa maneira de tratar os prefeitos porque compreendo que eles também têm a necessidade de trabalhar pelas suas cidades para dar dignidade à população”, pontuou o presidente.
O presidente Lula também disse que “conta com o apoio incondicional dos prefeitos e prefeitas para alavancar o país”. “O Brasil não pode esperar e vamos fazer a economia voltar a crescer. Vamos fazer tudo o que precisa ser feito para que o nosso país se desenvolva novamente. Vamos voltar a adquirir o respeito que o nosso país tinha e vamos fazer a roda girar. Não me interessa o partido dos prefeitos e prefeitas, mas sim o fato de que foram eleitos pelo voto popular e representam as suas cidades. Por isso, vocês serão recebidos da forma que merecem porque não acredito que um presidente possa governar sem ouvir aqueles que estão na ponta, que são os prefeitos e governadores. Conto com cada um de vocês e boa sorte”, concluiu o presidente sob os aplausos dos participantes.
Além do presidente Lula, a plenária final da FNP contou com a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Costa; das Cidades, Jader Costa; da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo; das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; da ministra da Saúde, Nísia Andrade; de deputados federais entre outras autoridades.