Nesta terça-feira (12), a Polícia Civil de Sergipe um mandado de prisão foi expedido após a morte de um idoso vítima de agressão e maus-tratos praticados por sua própria filha em Aracaju. A mulher, considerada foragida, ainda não compareceu à Delegacia de Atendimento ao Idoso e Pessoas com Deficiência (DEAIPD) para prestar depoimento.
O idoso, identificado como José Teles de Melo, de 70 anos, foi encontrado desacordado em sua residência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar socorro, mas infelizmente constatou o óbito. Embora a informação preliminar aponte para uma morte natural, familiares acreditam que as agressões sofridas contribuíram para o estado debilitado do idoso.
O inquérito policial, aberto na unidade vinculada ao Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV), terá o atestado de óbito anexado. Medidas cautelares foram solicitadas e atendidas pelo Poder Judiciário. O delegado João Moreira informou que, caso seja estabelecida uma conexão entre a agressão e a morte da vítima, a tipificação penal do crime será modificada para maus-tratos qualificados.
Os trabalhos investigativos serão concluídos após a emissão do laudo pericial. Caso possua informações sobre a localização da autora dos maus-tratos, recomenda-se entrar em contato com o Disque-Denúncia, onde o sigilo será garantido.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o vídeo da agressão, que ocorreu enquanto o idoso era alimentado em uma cadeira de rodas, ser divulgado. Nas imagens, a filha do idoso aparece alimentando-o de forma agressiva, chegando a empurrar a colher com violência e desferir socos em sua cabeça.
Inicialmente, a polícia compareceu ao local da denúncia, porém, nem o idoso nem sua filha foram encontrados. Uma pessoa presente no momento foi intimada para prestar esclarecimentos, e outras pessoas envolvidas no caso já foram ouvidas.
Em 30 de maio, as autoridades receberam informações sobre um novo endereço e encontraram a vítima, que foi afastada do convívio da filha por medida cautelar.
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está acompanhando a investigação do caso.