O STF concedeu prisão domiciliar à médica Daniele Barreto, suspeita de envolvimento na morte do marido, o advogado José Lael. Decisão inclui tornozeleira eletrônica e restrições judiciais.
A médica cirurgiã plástica Daniele Barreto, suspeita de envolvimento direto na morte do marido, o advogado criminalista José Lael Rodrigues Júnior, de 42 anos, teve a prisão convertida para o regime domiciliar nesta terça-feira (13), por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada pela defesa da acusada e já repercute nos bastidores jurídicos de Aracaju.
A decisão da Corte máxima impõe o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico em juízo e proibição de contato com os demais investigados. Daniele Barreto estava presa desde 12 de novembro de 2024 e foi transferida para o Presídio Feminino, em Nossa Senhora do Socorro, no dia 10 de janeiro de 2025. Agora, ela aguardará os desdobramentos do processo em casa, sob monitoramento.
O caso ganhou grande repercussão em Sergipe e continua sendo acompanhado de perto pelo Imprensa 24h, que vem atualizando os leitores com base em dados oficiais da Justiça e da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE). Segundo as investigações divulgadas pela própria SSP, Daniele teria encomendado a execução do marido, com o apoio de uma amiga e da própria secretária.
O assassinato ocorreu na noite de 18 de outubro de 2024, na Avenida Jorge Amado, no Bairro Jardins, Zona Sul de Aracaju. José Lael estava com o filho dentro do carro, quando foi surpreendido por dois homens armados que desceram de uma motocicleta e dispararam contra o veículo. O advogado foi atingido por três tiros e morreu antes de receber atendimento médico. Já o filho, que também foi baleado, conseguiu conduzir o carro até um hospital particular. Ele foi socorrido e passa bem.
As imagens de câmeras de segurança obtidas durante a investigação mostram que, cerca de uma hora e meia antes do crime, a amiga e a secretária da médica foram vistas conversando com os executores dentro de um veículo. Em seguida, elas foram deixadas em um condomínio, reforçando a tese de envolvimento direto no planejamento do homicídio.
A polícia apurou ainda que a localização da vítima foi repassada aos assassinos pela própria Daniele, sob o pretexto de um pedido para que o marido saísse com o filho à noite para comprar açaí. O carro do advogado foi seguido por uma motocicleta e por outro automóvel, que teria sido alugado pela amiga da médica. A execução, segundo os investigadores, foi realizada por dois homens ligados a um morador do Bairro Santa Maria, também em Aracaju. Um deles está foragido.
O advogado da família de José Lael, Guilherme Maluf, declarou que ainda está avaliando os detalhes da decisão do STF e que se pronunciará em breve. O caso segue em investigação e deve gerar novos desdobramentos nos próximos dias.
A equipe do Imprensa 24h continuará acompanhando todos os passos do processo, com informações verificadas e atualizadas em tempo real, reforçando seu compromisso com a verdade e o interesse público em Sergipe.
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