Conselho Regional de Medicina repudia tentativa de estupro contra médica em Lagarto e critica postura da gestão da UPA Padre Almeida.
Uma médica foi vítima detentativa de estuprodurante o plantão do dia 9 de setembro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Almeida, localizada no Povoado Colônia 13, no município de Lagarto, em Sergipe. O caso só ganhou grande repercussão no último dia 19, quando oConselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese)divulgou uma nota pública de repúdio à violência sofrida pela profissional.
De acordo com o Cremese, o episódio não se trata apenas de um crime contra a integridade física e sexual da médica, mas também de um ataque psicológico e um desrespeito à dignidade de todos os trabalhadores da saúde. A entidade destacou que a postura da gestão da unidade foi igualmente preocupante, já que, segundo relatos, não teria oferecido acolhimento adequado à vítima e ainda a desencorajado de registrar boletim de ocorrência.
Cremese critica omissão e denuncia demissão
A nota do Cremese foi enfática ao criticar a demissão da médica após a formalização da denúncia às autoridades policiais. Para a entidade, essa medida agrava a violência sofrida e pode representar tentativa de silenciamento.
“O Conselho considera inadmissível qualquer forma de omissão ou tentativa de calar profissionais em situações de violência, sobretudo quando ocorrem em ambiente de trabalho”, disse o Cremese, acrescentando que acompanhará as investigações e tomará todas as providências cabíveis.
Posição da Prefeitura de Lagarto
Em resposta, aPrefeitura de Lagartodeclarou repudiar o episódio e informou que a médica terá acesso a apoio jurídico, psicológico e administrativo. A gestão municipal também anunciou a abertura de procedimento interno para apurar as circunstâncias do caso e afirmou que adotará medidas disciplinares e legais se forem identificadas falhas ou omissões. No entanto, a prefeitura não esclareceu os motivos da demissão da profissional.
Apoio e investigações
A repercussão do caso mobilizou entidades de classe e movimentos sociais, que pedem celeridade nas investigações e medidas mais eficazes para garantir a segurança de profissionais da saúde em Sergipe. O Cremese ressaltou que acompanhará de perto o andamento das apurações e reforçou a importância de garantir condições dignas e seguras de trabalho.
O boletim de ocorrência foi registrado pela médica, e as autoridades policiais agora investigam o caso. Mais informações podem ser consultadas nosite oficial do Conselho Regional de Medicina de Sergipe.
OImprensa 24hcontinuará acompanhando a situação, reforçando seu compromisso com a informação responsável e com a defesa dos direitos dos trabalhadores sergipanos.
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