Com a promessa de ajudar a humanidade, escondendo no fundo uma fonte pura e inesgotável de egoísmo, nosso protagonista, assim como Brás Cubas, vê seu fim iminente acompanhado de pouquíssimos amigos.
Vícios, mentiras e imediatismos ditam o ritmo da nossa história. A história de um velho prefeito que ambicionou em governar o estado.
Conhecido por quebrar promessas, resta apenas a Edvaldo Nogueira narrar seu fim, já que as promessas prescindem futuro e Edvaldo não mais o tem. Desde já fica a seguinte pergunta, quem serão os 11 “amigos” que acompanharão seu caixão?
Sem grupo e sem um sucessor formado, Edvaldo teve a demonstração de que não apenas é incapaz de transferir votos, mas que não os tem! Os votos que recebeu em suas eleições para prefeito advieram de grandes coalisões partidárias, estas, que já não escrevem mais o que Edvaldo fala.
Devemos lembrar a promessa feita em 2020, quando para manter o grupo unido em seu apoio, nosso prefeito prometeu ficar de fora das disputas ao governo em 2022, promessa essa que todos sabemos que não foi cumprida.
As eleições de 2024 se aproximam e, sem o grupo, Nogueira tenta usar a máquina, bem como a cobrança de promessas feitas a ele, percebam a ironia, para que indique o seu sucessor. Mas como já havia dito: ninguém mais escreve o que Edvaldo fala.
Diante de um irremediável fim, assim como Brás Cubas, tenta fazer de tudo para reverter sua sentença. Mas ela já está decretada: morto, dirá a senhora á cabeceira da cama.
Como a natureza, a política é implacável, e assim como Marcela o ama por durante 15 meses e onze contos de réis.
Mas torno a perguntar, quem serão os onze amigos que acompanharam Edvaldo Nogueira até o cemitério?
Escrito por Wilhelm Valente
Jurista