De acordo com o relatório “Focus” divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central, os economistas do mercado financeiro reduziram suas estimativas de inflação para 2023 e 2024. Para 2023, a projeção caiu de 6,05% para 6,02%, enquanto para 2024, a expectativa recuou de 4,18% para 4,16%. No entanto, a projeção para 2023 ainda supera o teto da meta de inflação definida pelo governo, que é de 3,25% para este ano.
Caso a projeção do mercado financeiro se confirme, este será o terceiro ano consecutivo de estouro da meta de inflação, o que pode afetar negativamente o poder de compra das pessoas, principalmente daquelas que recebem salários menores. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
Para 2024, a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. O Banco Central já está mirando na meta do próximo ano para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, já que as mudanças na taxa Selic levam de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa do mercado financeiro para o crescimento em 2023 ficou estável em 1%, enquanto para 2024, a previsão recuou de 1,41% para 1,40%. Em 2022, o PIB avançou 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a expectativa em 12,50% ao ano para o fim de 2023, com projeção de queda também para o próximo ano, em 10% ao ano.
Outras projeções do mercado financeiro incluem a taxa de câmbio para o fim de 2023 em R$ 5,20 e para o fim de 2024 em R$ 5,25, além de um superávit de US$ 60 bilhões na balança comercial em 2023 e US$ 55 bilhões em 2024, e a entrada de investimentos estrangeiros diretos de US$ 80 bilhões tanto para este ano quanto para o próximo.