Nesta quinta-feira, 17 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um passo importante no desdobramento das investigações relacionadas ao esquema de vendas de joias presenteadas a autoridades públicas brasileiras. Moraes autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), atendendo a um pedido da Polícia Federal (PF).
O inquérito que apura a venda irregular das joias, presenteadas por nações estrangeiras a diversas autoridades brasileiras, vem ganhando destaque nas últimas semanas. Com a autorização da quebra de sigilo de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, a investigação agora adentra em um estágio mais profundo, buscando identificar movimentações financeiras que possam estar relacionadas ao esquema.
Além do casal Bolsonaro, também foram contemplados pela autorização de quebra de sigilo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o general da reserva Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid. Estes indivíduos, possivelmente relacionados às transações das joias, agora terão suas movimentações financeiras expostas às autoridades.
Outro desdobramento relevante ocorrido no mesmo dia foi a autorização do ministro Moraes para o pedido de cooperação internacional feito pela Polícia Federal. A PF pretende solicitar aos Estados Unidos a quebra de sigilo bancário das contas dos investigados no caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita na Flórida. Essa medida ressalta a dimensão transnacional do esquema e a determinação das autoridades em esclarecer todas as pontas dessa trama complexa.