Nesta segunda-feira (14), o Ministro da Justiça, Flávio Dino, formalizou a demissão de três policiais rodoviários federais responsáveis pela morte de Genivaldo Santos, ocorrida em Sergipe no ano passado. A medida marca um passo significativo no compromisso do ministério em garantir a justiça e a responsabilização em casos de abuso policial.
A trágica morte de Genivaldo Santos, ocorrida em 25 de maio de 2022, gerou indignação e chamou a atenção para a necessidade de revisão dos procedimentos de abordagem e treinamento dos policiais. O incidente ocorreu quando Genivaldo, abordado por trafegar de moto sem capacete na BR-101, na cidade de Umbaúba, foi trancado no porta-malas de um veículo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e forçado a inalar gás lacrimogêneo, o que resultou em sua morte aos 38 anos de idade.
O Ministro Flávio Dino, ao anunciar a demissão dos policiais envolvidos, declarou através de sua conta no Twitter: “Estou assinando a demissão de 3 policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do Sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito.” A decisão, respaldada por recomendação prévia da corregedoria da PRF, reafirma o compromisso do governo em garantir a integridade e o respeito aos direitos humanos nas operações de segurança pública.
Além das demissões, o Ministro Dino anunciou que o ministério está empenhado em reformular os cursos de formação dos policiais, com o intuito de evitar abordagens abusivas e inadequadas. “Estamos trabalhando com Estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a Lei, melhorando a Segurança de todos. Determinei a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal, para aprimorar tais instrumentos, eliminando eventuais falhas e lacunas”, declarou o Ministro.
O caso de Genivaldo Santos levanta questões importantes sobre a conduta policial e a necessidade de garantir a prestação de serviços de segurança pública de forma ética, responsável e respeitosa. A demissão dos policiais envolvidos e o compromisso do governo em reestruturar os treinamentos são passos essenciais para promover uma mudança positiva na relação entre a polícia e a sociedade.
Agora, a expectativa é que o caso seja levado a julgamento, com os três policiais enfrentando o júri popular para responderem por suas ações. A medida é um lembrete de que a justiça deve ser feita e que ninguém está acima da lei, independentemente de seu status ou função.