A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) divulgou dados alarmantes sobre os efeitos da seca em Sergipe, com base nas informações fornecidas pelo Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O relatório, referente ao mês de janeiro, destaca a persistência da seca fraca em várias regiões do estado, com uma redução significativa da severidade apenas em áreas específicas.
Segundo a meteorologista da Semac, Wanda Tathyana de Castro, a análise do mapa do Monitor de Secas revela que a seca fraca continua afetando a Grande Aracaju, sul, leste e baixo São Francisco sergipanos. Houve, no entanto, uma melhoria na situação do alto sertão, com a redução da severidade de grave para moderada, enquanto outras regiões como centro-sul, agreste central e médio sertão mantiveram um nível moderado de seca.
A especialista aponta que o fenômeno climático El Niño tem exercido uma influência significativa, aumentando as temperaturas e a evapotranspiração, o que consequentemente diminui as umidades do ar e do solo. Por outro lado, o aquecimento do Oceano Atlântico tem facilitado a chegada de sistemas meteorológicos, proporcionando algumas chuvas pontuais.
Entretanto, Wanda Tathyana destaca que, de acordo com a climatologia e as previsões, a intensidade do El Niño deverá diminuir gradualmente, o que pode resultar em condições climáticas propícias para chuvas variando de normais a abaixo da média. Apesar disso, ela ressalta que análises meteorológicas indicam a possibilidade de ocorrência de episódios de chuvas nos próximos meses, o que poderia contribuir para atenuar as condições de seca em Sergipe.
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