O corpo de um homem em avançado estado de decomposição foi encontrado dentro de uma geladeira no Bairro Suíssa, em Aracaju, durante uma ação de despejo conduzida por oficiais de justiça.
De acordo com informações da Polícia Civil, o corpo estava lá há sete anos. A mulher alegou que, em 2016, ao retornar do trabalho, deparou-se com a vítima já sem vida em sua residência. No entanto, ela nega qualquer envolvimento com a morte do indivíduo e afirma que, motivada pelo medo, optou por ocultar o corpo. A identidade do homem foi mencionada pela suspeita, mas ainda está sob investigação.
A delegada Roberta Fortes, que está à frente do caso, relatou que o apartamento apresentava um odor desagradável devido à acumulação de lixo. No entanto, surpreendentemente, os vizinhos não haviam percebido o odor do corpo em decomposição. Esse aspecto peculiar da história levanta diversas perguntas sobre como o crime passou despercebido por tanto tempo.
No momento da prisão, a mulher estava com cortes nos pulsos, levando as autoridades a encaminhá-la imediatamente para uma unidade hospitalar. A filha dela, uma criança de apenas 4 anos, que vivia em condições de maus-tratos na residência, foi acolhida por familiares e receberá o apoio necessário.
A mulher foi indiciada por dois crimes graves: ocultação de cadáver e maus-tratos contra a criança. Ela compareceu a uma audiência de custódia, onde as autoridades avaliarão as medidas apropriadas a serem tomadas.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já instaurou um inquérito para determinar a identidade da vítima, as circunstâncias de sua morte e a autoria do homicídio. As investigações estão em andamento e contam com a colaboração dos institutos de Criminalística (IC), de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e Médico Legal (IML), que são órgãos vinculados à Polícia Científica e desempenham um papel fundamental na busca por respostas nesse caso perturbador.