Na última quarta-feira (6), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) assumiu a presidência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em uma eleição que contou com 22 votos a seu favor, de um total de 37, havendo 15 votos em branco. Ferreira, que está em licença-paternidade, expressou sua gratidão pelos votos recebidos e delineou seus planos para o comando da comissão através de um vídeo enviado aos membros.
“Quero deixar aqui bem claro que nós vamos fazer uma comissão bastante plural no sentido de debate de ideias, com audiências públicas para ter também a presença da sociedade civil, que eu acredito ser muito importante”, afirmou o deputado.
Nikolas Ferreira, de 26 anos e formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, é conhecido por seu expressivo apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e por suas convicções conservadoras. Ele se descreve nas redes sociais como “cristão, conservador e defensor da família”, e suas atuações na Câmara refletem esses valores, com foco em pautas relacionadas à família, religião e liberdade econômica.
Entre as prioridades de Ferreira à frente da Comissão de Educação, destacam-se a votação do novo Plano Nacional de Educação (PNE), além do debate sobre o Homeschooling e a questão da violência nas escolas.
Porém, a eleição de Ferreira não ocorreu sem controvérsias. Durante o processo de votação, a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) apresentou uma questão de ordem contestando a indicação do deputado, alegando que ele não possui conduta ilibada e não faz jus ao mandato. Bomfim citou casos em que Ferreira foi réu no Tribunal de Justiça de Minas Gerais e foi condenado em segunda instância por transfobia.
A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) também se manifestou contra a eleição de Ferreira, destacando a importância da Comissão de Educação ser presidida por alguém que não tenha sido condenado por comportamentos discriminatórios.
A Comissão de Educação tem como atribuição discutir e pautar assuntos relativos à educação em geral, política e sistema educacional, direito à educação, recursos humanos e financeiros para o setor. O papel de Nikolas Ferreira à frente dessa comissão será crucial para definir os rumos das políticas educacionais no país nos próximos anos.
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