Nesta quinta-feira (27), a Polícia Civil de Sergipe deflagrou a Operação Adulteratio, que resultou no cumprimento de mandados de busca e prisão contra um homem suspeito de liderar uma associação criminosa atuante nas regiões agreste e centro-sul do estado. A operação foi conduzida pela 2ª Divisão de Combate a Crimes Patrimoniais de Lagarto e contou com o apoio da Divisão de Combate a Crimes Patrimoniais de Itabaiana e da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial de Sergipe (Dipol).
A investigação teve início há aproximadamente um ano, após a recuperação de uma motocicleta de origem ilícita na cidade de Lagarto. Desde então, as autoridades realizaram um minucioso trabalho investigativo, que culminou na identificação e desarticulação do grupo criminoso responsável por uma série de delitos, incluindo roubos, receptação, falsificação de documentos e adulteração de motocicletas nas cidades de Itabaiana e Lagarto.
O delegado Bruno Alcântara, responsável pelas investigações, informou que no ano anterior quatro integrantes da associação criminosa haviam sido presos por roubarem motocicletas em diversas cidades de Sergipe, incluindo Itabaiana, Lagarto, Areia Branca, Itaporanga D’Ajuda e Campo do Brito.
O modus operandi do grupo consistia em roubar as motocicletas e, em seguida, adulterar os sinais identificadores dos veículos, suprimindo a numeração de motor e de chassi. Os criminosos, então, negociavam os veículos em grupos de vendas nas redes sociais, fazendo-os passar por veículos de leilão. Além disso, falsificavam notas supostamente de leilão e inseriam placas falsas nos veículos. Estima-se que o grupo tenha roubado e comercializado pelo menos 30 veículos ao longo de suas atividades ilícitas.
O suspeito preso durante a operação era apontado como o responsável por produzir as notas e obter as placas falsas para os veículos adulterados. Além disso, ele participava diretamente dos roubos, sempre utilizando arma de fogo.
O nome da operação, “Adulteratio”, tem origem no latim e faz referência à prática adotada pelo grupo criminoso, que consistia em adulterar todos os sinais de identificação das motocicletas antes de revendê-las no mercado ilegal.
A Polícia Civil alerta a população e orienta que qualquer informação sobre crimes ou suspeitos de ações criminosas seja encaminhada de forma sigilosa à polícia por meio do Disque-Denúncia (181).