A Polícia Federal (PF) deu início, nesta quinta-feira (17), à 14ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar os indivíduos que estiveram envolvidos nos eventos ocorridos em 8 de janeiro, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e alvo de depredações.
De acordo com informações divulgadas pela corporação, estão sendo cumpridos um total de dez mandados de prisão preventiva. Desses, dois serão executados no Distrito Federal, dois em Goiás, um na Paraíba, dois no Paraná e três em Santa Catarina. Além disso, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão, abrangendo os estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal.
Segundo a PF, os incidentes sob investigação podem ser classificados como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração, ou ainda, inutilização de bens especialmente protegidos, além de crimes previstos na lei de terrorismo.
A nota oficial emitida pela Polícia Federal destaca que os alvos da operação são suspeitos de terem desempenhado um papel naquilo que a corporação denominou de “Festa da Selma”. Esse termo foi utilizado como código para coordenar as invasões aos prédios públicos. Os suspeitos teriam compartilhado coordenadas, instruções detalhadas e organizado o transporte para as ações. Entre os aspectos divulgados na organização da “Festa da Selma”, estava o apelo para não levar idosos e crianças, preparar-se para confrontos com a polícia, e discursos que envolviam termos como guerra, ocupação do Congresso e derrubada do governo constituído.
A Operação Lesa Pátria, que se encontra agora em sua 14ª fase, tem como intuito desvendar os detalhes dos acontecimentos que abalaram o país no começo deste ano.