Em decorrência das investigações em andamento que originaram a Operação Themis, em outubro deste ano, a polícia prendeu mais duas mulheres transexuais acusadas de extorsão, associação criminosa e roubo em Aracaju. As prisões ocorreram em uma casa de prostituição localizada em Delmiro Gouveia, Alagoas.
A investigação está sob a responsabilidade da Delegacia de Turismo (Detur), e a Polícia Civil de Alagoas executou os mandados de prisão em cumprimento de uma solicitação da Divisão de Inteligência de Sergipe (Dipol). O desdobramento da Operação Themis levou à prisão de três garotas de programa transexuais no mês de outubro, e agora, com as duas detenções recentes, um total de cinco investigadas se encontra sob custódia.
As autoridades continuam as apurações, com o auxílio da Dipol, na tentativa de localizar uma sexta integrante da associação criminosa. A investigação teve início em abril deste ano e se concentra em casos de extorsão praticados por garotas de programa transexuais em Aracaju, conforme relatado em boletins de ocorrência pelas vítimas.
As acusadas usavam o pretexto de programas sexuais para extorquir suas vítimas, muitas vezes recorrendo à violência. O aumento no número de boletins de ocorrência desse tipo de crime, especialmente em períodos festivos, chamou a atenção das autoridades. A Delegada Luciana Pereira explicou que a investigação foi delicada devido à natureza do crime e à complexidade das pessoas envolvidas, tanto as investigadas quanto as vítimas.
Entre os crimes relatados pelas vítimas, a associação criminosa se destacou, com as transexuais agindo em grupo para extorquir as vítimas. As quantias significativas eram retiradas das contas das vítimas após o término dos programas.
Além disso, as investigadas costumavam alegar a necessidade de uma carona após os programas. Inicialmente, uma ou duas mulheres transexuais estavam presentes, mas depois chegavam mais três ou quatro. Elas constrangiam as vítimas e as ameaçavam, frequentemente utilizando facas. Dessa forma, obtinham transferências via PIX, pagamentos em maquininhas ou até mesmo roubavam cartões e forçavam as vítimas a digitar senhas.
A tática das investigadas também envolvia a gravação em vídeo dos programas, visando a extorsão posterior. Elas filmavam as vítimas e depois obrigavam-nas a realizar transferências bancárias ou passar os cartões em maquininhas que possuíam.
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