Primeira de três paralisações programadas para janeiro impacta atendimento aos segurados
Nesta quarta-feira, 17, os peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) iniciam uma paralisação de 24 horas, marcando o início de uma série de protestos planejados para o mês de janeiro. As outras duas paralisações estão agendadas para os dias 24 e 31. A categoria reivindica um reajuste salarial de 23%, a contratação de 1.500 novos peritos e o cumprimento do acordo estabelecido em 2022, após uma greve que durou 52 dias.
Apesar da paralisação, os segurados com consultas agendadas devem comparecer ao local da perícia no horário marcado, acompanhados da documentação necessária. Especialistas em direito previdenciário alertam que a falta do segurado resultará na perda da data de agendamento, sendo possível remarcar somente após 30 dias, caso o perito compareça ao trabalho.
A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) notificou o governo federal sobre a paralisação há 30 dias, alegando falta de negociação. O vice-presidente da ANMP, Francisco Cardoso, destaca que o último reajuste concedido aos peritos foi de 9% em 2023, enquanto a categoria acumula uma defasagem salarial de 27%, decorrente da ausência de aumentos durante o governo Bolsonaro.
Luiz Carlos Argolo, presidente da ANMP, convoca os profissionais a responderem ao governo, afirmando: “Vamos dar a resposta que o governo merece, pela dignidade, pela carreira, pela vergonha. Vocês todos, sócios e não sócios, têm que dar resposta ao governo, têm que paralisar o Brasil inteiro.”
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Francisco Cardoso alerta sobre a extinção da carreira e os riscos de perda de conquistas, destacando o aumento na contribuição previdenciária do regime geral.
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