A Petrobras (PETR4) divulgou hoje, quinta-feira (7), que seu conselho de administração aprovou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO), programada para 25 de abril de 2024, da proposta de distribuição de dividendos no valor total de R$ 14,2 bilhões. Essa remuneração aos acionistas, conforme o comunicado, é estabelecida pela política de remuneração e não inclui pagamentos extraordinários.
Os números sorteados foram 01-02-04-07-08-09-10-11-14-15-17-18-21-24-25.
Os dividendos propostos já incorporam a recompra de ações realizada no último trimestre de 2023, no montante de R$ 2,7 bilhões, e a correção pela taxa Selic sobre as antecipações de dividendos e JCP referentes a 2023, totalizando R$ 1,1 bilhão, que foram descontados da remuneração total aos acionistas.
A distribuição proposta está em conformidade com a Política de Remuneração aos Acionistas, aprovada em julho de 2023, que estabelece que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo definido no plano estratégico (atualmente US$ 65 bilhões), a Petrobras deverá distribuir 45% do fluxo de caixa livre aos acionistas.
Caso a proposta seja aprovada na AGO, os dividendos totais de 2023 totalizarão R$ 72,4 bilhões. Além disso, o lucro remanescente do exercício, após os dividendos e formação de reservas legais e estatutárias, soma R$ 43,9 bilhões.
Os dividendos complementares do quarto trimestre serão pagos em duas parcelas iguais em maio e junho de 2024. Cada ação preferencial e ordinária em circulação receberá R$ 1,09894844, sendo a primeira parcela de R$ 0,54947422 e a segunda parcela no mesmo valor.
A reserva estatutária, proposta pelo conselho, será integralmente destinada para assegurar recursos para o pagamento de dividendos, juros sobre o capital próprio, antecipações e recompras de ações.
A atenção em torno deste anúncio é ainda mais intensa após as declarações recentes do presidente da estatal, Jean Paul Prates, sobre a cautela da Petrobras em relação aos dividendos extraordinários, visando tornar-se uma potência em energia renovável e direcionar mais investimentos para esse segmento.
O mercado aguardava com expectativa a divulgação dos proventos, refletida nas oscilações das ações da Petrobras. A empresa encerrou a negociação pós-mercado com queda de 9,10%, a US$ 15,18, após especulações sobre o pagamento de dividendos extraordinários.
A reserva estatutária, que gerou discussões entre analistas e acionistas minoritários, visa assegurar recursos para futuros pagamentos de dividendos, reforçando a política de remuneração da Petrobras.
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