A Polícia Federal (PF) está em meio a uma investigação para apurar se as generosas doações feitas pelo ex-jogador Rivaldo, pentacampeão mundial, e pela influenciadora Rafaella Santos, irmã do jogador Neymar, foram direcionadas para o financiamento de acampamentos considerados golpistas.
Segundo informações obtidas durante a investigação, Rivaldo teria contribuído com aproximadamente R$ 50 mil, enquanto a irmã de Neymar teria doado cerca de R$ 3 mil. As transações ocorreram entre o final de novembro e o início de dezembro do ano passado, um período marcado por acampamentos e manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais.
O cantor gospel Salomão Vieira, beneficiário das doações, contava com uma expressiva presença nas redes sociais, angariando mais de 100 mil doações no pós-segundo turno eleitoral. Durante o mesmo período, Vieira realizava transmissões online, exibindo os acampamentos e solicitando contribuições para alimentação dos apoiadores bolsonaristas acampados.
A PF busca esclarecer se Rivaldo e Rafaella tinham conhecimento do destino final de suas doações, questionando se os recursos foram destinados à manutenção dos acampamentos associados a movimentos golpistas ou se, inadvertidamente, contribuíram para o trabalho do cantor sem ciência de seu uso específico.
Além dos dois notáveis doadores já mencionados, a investigação revelou que um outro jogador de futebol também está na lista de contribuintes analisados.
O cantor Salomão Vieira, considerado foragido por determinação do Supremo Tribunal Federal, teve sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no contexto do inquérito das milícias digitais. Após fugir para o Paraguai, Vieira realizou transmissões online pedindo doações na conta de sua mãe, que posteriormente foi bloqueada. O destino exato das doações, se destinadas a apoiar os acampamentos ou o trabalho do cantor, está sob escrutínio da investigação.
A PF segue apurando os detalhes das doações, buscando compreender o papel de outros possíveis doadores e a real vinculação dos recursos com os eventos e manifestações consideradas golpistas.
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