Hacker Foragido por Dois Anos é Condenado a Nove Anos de Prisão por Invasão e Falsificação de Documentos
A Polícia Federal (PF) capturou o principal suspeito do ataque hacker ao sistema do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3), com sede em São Paulo. A prisão aconteceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, marcando o desfecho de uma intensa investigação que culminou na condenação do hacker a uma pena de nove anos de prisão. Os crimes que levaram à sua prisão incluem a invasão de dispositivo informático e falsificação de documento público.
As operações que levaram à prisão do hacker ocorreram no âmbito da “Operação Escalada Cibernética”. A ordem de prisão foi expedida pelo Juízo da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em dezembro de 2021, porém, o suspeito conseguiu permanecer foragido desde maio de 2021, quando a operação da PF foi deflagrada.
O indivíduo, cuja identidade não foi revelada, foi detido na manhã deste domingo, 17 de setembro. Há dois anos, ele foi responsável por promover um ataque cibernético ao sistema PJe do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Sua principal motivação, de acordo com informações da Polícia Federal, era alterar documentos eletrônicos de assinatura de agentes públicos para obter vantagens pessoais.
A PF declarou que, após invadir o sistema de processos judiciais eletrônicos, o hacker falsificou pareceres do Ministério Público Federal (MPF) em seis processos em que ele mesmo figurava como réu. Nessas falsificações, ele alterou as manifestações dos procuradores, substituindo a proposta de condenação por sugestões de absolvição.
A investigação da Polícia Federal teve início quando dois magistrados da Justiça Federal em São Paulo detectaram alterações em documentos, com o uso fraudulento de suas assinaturas digitais. O hacker falsificou assinaturas eletrônicas de juízes, servidores da justiça e membros do MPF, além de ter alterado documentos em pelo menos oito processos, sendo dois cíveis e seis criminais.
Além da tentativa de autoabsolvição criminal, a suspeita é de que o hacker buscava a liberação e a apropriação de valores pendentes em ações judiciais, direcionando esses recursos para contas controladas por ele.
Vale destacar que o hacker também era procurado internacionalmente, com seu nome incluído na “difusão vermelha” da Interpol, o que ressalta a importância dessa prisão tanto para as autoridades brasileiras quanto para a comunidade internacional na luta contra o cibercrime.
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