Na Cidade Mãe de Sergipe, quarta cidade mais antiga do país, local cuja arquitetura chama atenção nos quatro cantos do Centro Histórico, os saberes e fazeres gastronômicos também tem o seu destaque. Assim como as famosas queijadinhas, a cachaça Pisa Macio, criada por João Pereira de Aquino (seu João) em 1985, no município de São Cristóvão, passou a ser considerada Bem Cultural de Natureza Imaterial de Sergipe.
O registro foi aprovado no início deste ano, por unanimidade, pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), com o apoio Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e, a partir desta aprovação, os conhecimentos e os modos de fazer da Cachaça Pisa Macio devem ser inscritos no Livro de Registro dos Saberes, como consta no artigo 2º da Lei 9088 de 2022.
Cátia Sueli Leão de Aquino, uma das filhas de seu João, também responsável por dar seguimento à fabricação artesanal da Cachaça, comemorou emocionada o reconhecimento. “Essa aprovação só confirma a riqueza cultural que a nossa cidade possui e que merece ser divulgada pelo mundo a fora. Uma pena que o meu pai não está mais aqui para vibrar conosco a conquista do seu produto, que sempre foi feito com tanto carinho, há tantas décadas”, disse.

De acordo com Paola Santana, presidenta da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Fumctur), a inscrição da Cachaça Pisa Macio no Livro de Registro dos Saberes “é de suma importância, pois vai proporcionar uma maior visibilidade ao produto e, consequentemente, colabora para que conheçam melhor a diversidade cultural do município, que vai além da beleza arquitetônica e natural, tendo em vista a nossa força na gastronomia e artesanato”, destacou.


