A plataforma de Atlântida, um dos principais pontos turísticos do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, localizada na cidade de Xangri-Lá, teve uma parte significativa da sua estrutura destruída na tarde desta segunda-feira (28) durante a passagem de um ciclone extratropical que atingiu o estado. Segundo o presidente da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama), José Luis Rabadan, cerca de 25 metros da estrutura desabaram devido aos fortes ventos e danos prévios já identificados.
O Imprensa 24h traz detalhes desse ocorrido que mobiliza moradores e autoridades locais, enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta ventos intensos que chegam a mais de 100 km/h, causando prejuízos e transtornos em várias cidades da região.
Estrutura da plataforma de Atlântida: histórico e situação atual
Fundada em 1975, a plataforma marítima de Atlântida avança aproximadamente 280 metros sobre o mar, sendo um ponto bastante visitado para lazer e pesca. Antes do acidente desta segunda, a estrutura já enfrentava problemas: em 2023, uma parte havia desabado devido a danos causados pela maré, e desde então o local estava interditado.
O Laboratório de Ensaios de Modelos Estruturais (Leme), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), havia emitido um laudo indicando risco de desabamento, especialmente em uma viga comprometida da plataforma. Segundo a prefeitura local, a estrutura já estava fragilizada pelo menos desde 2021, e negociações entre a administração municipal e a Asuplama estavam em andamento para viabilizar reparos.
Impactos do ciclone e situação das cidades no Rio Grande do Sul
O ciclone extratropical que atingiu o estado trouxe ventos fortes, com rajadas que ultrapassaram os 100 km/h. A concessionária CEEE Equatorial informou que aproximadamente 346 mil clientes estão sem energia elétrica, principalmente em Porto Alegre, Capão da Canoa, Viamão e Osório.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém um alerta laranja para vendavais até o final desta segunda-feira (28), com previsão de ventos variando entre 60 km/h e 100 km/h.
Importância da plataforma de Atlântida para a região
A plataforma era um ponto turístico que recebia cerca de 30 mil visitantes por ano, atraídos principalmente para a pesca e a observação da natureza local. Em determinadas épocas do ano, é possível avistar baleias próximas à região, o que aumenta o interesse dos turistas.
Além dos desabamentos recentes, a plataforma já sofreu danos significativos no passado, como em 1997, 2016 e 2019, causados por ondas fortes e condições climáticas adversas. Algumas dessas áreas danificadas nunca foram totalmente restauradas.
Ações futuras para a plataforma de Atlântida
A Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama) e a prefeitura de Xangri-Lá seguem em negociações para garantir os reparos necessários e a reabertura segura do local. A expectativa é que, com a restauração, o ponto turístico volte a contribuir para o turismo e a economia local.
O Imprensa 24h continuará acompanhando essa notícia para trazer atualizações em tempo real, assim como informações sobre as condições climáticas no Rio Grande do Sul e os desdobramentos do impacto do ciclone.
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Foto: David Castro