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Polícia é responsável por 3 em cada 4 mortes em cidade de Sergipe, aponta levantamento

Polícia é responsável por 3 em cada 4 mortes em cidade de Sergipe, aponta levantamento

Polícia é responsável por 3 em cada 4 mortes em cidade de Sergipe, aponta levantamento
6 meses de gestão PMA

Itabaiana tem o maior índice de letalidade policial entre cidades com mais de 100 mil habitantes no Brasil. Em 2024, 75,6% das mortes violentas foram causadas por agentes.

A cidade de Itabaiana, localizada a 56 km de Aracaju, Sergipe, registrou o maior índice de letalidade policial do Brasil entre os municípios com mais de 100 mil habitantes. De acordo com levantamento publicado pelo colunista Carlos Madeiro, do UOL, das 41 mortes violentas intencionais (MVI) registradas em 2024 na cidade, 31 foram causadas por ações das polícias — o equivalente a 75,6% do total.

O dado, alarmante, reforça o protagonismo da violência estatal nas estatísticas da cidade, que possui cerca de 108 mil habitantes. A morte mais recente, que reacendeu o debate sobre o uso da força letal por agentes públicos, foi a de Ayslan da Silva Assis, de 22 anos, ocorrida na manhã de 4 de setembro. Segundo familiares, o jovem, que não tinha antecedentes criminais, foi baleado quando saía de casa para o trabalho.

“Meu irmão ia para o trabalho, não tinha antecedentes criminais, era uma pessoa querida, tímida e amada por todo mundo que o conhecia”, declarou Alexandro Assis, irmão da vítima, em entrevista ao jornalista Carlos Madeiro. A reportagem completa pode ser acessada neste link do UOL.

O caso foi registrado como intervenção legal, tipificação comum nas estatísticas que envolvem mortes em ações policiais. A Imprensa 24h ressalta que os dados utilizados são oficiais e constam de registros de segurança pública, levantados por veículos de imprensa de abrangência nacional.

A letalidade policial é um tema que gera preocupação em todo o país, mas os números de Itabaiana acendem um alerta particular em Sergipe. Em outras cidades com população similar, a média de mortes causadas por policiais não ultrapassa os 30% das MVIs. O índice de 75,6% coloca Itabaiana em uma posição única e preocupante.

Ainda segundo o levantamento, mesmo com políticas de segurança pública em curso, os resultados não têm refletido em diminuição de mortes nas chamadas “intervenções legais”. Especialistas alertam para a necessidade urgente de revisão de protocolos de abordagem e uso de força letal.

A Imprensa 24h continuará acompanhando o desdobramento do caso de Ayslan e a situação da segurança pública em Itabaiana, reforçando seu compromisso com a informação confiável, baseada em dados oficiais e em respeito aos direitos humanos.

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