Polícia Federal anunciou nesta terça-feira (22) a instauração de um inquérito policial para apurar as causas do apagão que deixou uma parte significativa do país sem energia elétrica na última terça-feira (15). As investigações, que estão sendo conduzidas em sigilo, focam na possibilidade de crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública. Esse incidente, que impactou milhões de brasileiros, levanta sérias preocupações sobre a estabilidade do sistema elétrico nacional.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou na quinta-feira (17) que o governo está considerando a possibilidade de que o apagão tenha sido causado por ação humana. Esta hipótese ganha força considerando o momento em que ocorreu, logo após o pedido de demissão de Wilson Ferreira Júnior da presidência da Eletrobras. O executivo havia renunciado ao cargo de CEO em um comunicado emitido na noite da segunda-feira (14), sem detalhar os motivos que o levaram a tomar essa decisão surpreendente.
O apagão, que afetou cerca de 29 milhões de brasileiros, gerou grande preocupação e incerteza em relação à confiabilidade do fornecimento de energia elétrica. Até o momento, o governo não conseguiu determinar com precisão as causas específicas desse episódio perturbador. Entretanto, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou formalmente a abertura de uma investigação dos fatos, destacando a importância de esclarecer a situação e garantir a segurança energética do país.
Flávio Dino ressaltou a necessidade de cautela e prudência diante do ocorrido, transformando o ofício de Alexandre Silveira em uma determinação para a Polícia Federal iniciar a investigação. No ofício dirigido ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o Ministro Dino enfatizou que as causas por trás do “grave e anômalo corte de carga” ainda não foram identificadas, tornando essencial uma investigação minuciosa para elucidar os eventos que levaram a essa interrupção massiva do fornecimento de energia elétrica.