É importante que o debate político em Sergipe seja feito com responsabilidade e sem a lógica destrutiva do “quanto pior, melhor”, que infelizmente, ainda é uma prática de setores que parecem torcer pelo fracasso só para desgastar adversários.
A deputada estadual Kitty Lima (Cidadania) tem legitimidade de sobra para tratar de temas que impactam diretamente a vida do povo sergipano. Sua trajetória como defensora incansável da causa animal, somada à sua disposição permanente para o trabalho, é reconhecida por todos que acompanham sua atuação na Assembleia Legislativa. E foi com esse espírito público que ela se posicionou no debate sobre a Iguá Sergipe.
Criticar Kitty e, ao mesmo tempo, sair em defesa da velha Deso, é ser insensível ao sofrimento histórico de milhares de sergipanos, sobretudo das populações do interior e do sertão, que por décadas clamaram por água potável e por um serviço digno de abastecimento. É preciso ter memória: a falta de água sempre foi uma das principais queixas das comunidades mais carentes do estado.
A Iguá está operando de fato em Sergipe há pouco mais de 45 dias. Foi resultado de um processo de concessão transparente, com investimento superior a R$ 4 bilhões, assumindo um compromisso formal com a melhoria do serviço a curto, médio e longo prazo. Kitty não passou pano para ninguém: apenas fez o que qualquer parlamentar responsável deve fazer — reconhecer que ainda é cedo para julgamentos definitivos e, ao mesmo tempo, deixar claro que, se até o fim do ano os avanços prometidos não aparecerem, a cobrança será firme.
Quem conhece Kitty sabe que ela não é de proteger empresa nenhuma nem muito menos de fazer vista grossa para os problemas da população. O que ela defendeu foi equilíbrio e bom senso: não se pode cobrar da Iguá soluções imediatas, enganosas ou meramente paliativas, para um problema estrutural que se arrasta há décadas e que foi justamente o motivo da concessão.
O povo sergipano quer soluções. E Kitty continuará sendo a voz ativa e vigilante que sempre foi. Sem oportunismo e sem fazer política em cima do sofrimento das pessoas.
Fonte: Assessoria